Região Central: Uma coisa é disputar uma eleição. Outra coisa, totalmente diferente, é administrar uma cidade. Muitos gestores acabam entrando na política sem saber o enorme desafio que possuem pela frente. E é o que pode estar se passando em Paramoti. Os funcionários públicos temem que possam ficar sem receber o salário do mês de janeiro. E para completar os proventos de dezembro ainda não foram pagos.
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Paramoti (SINDSEMP) está temendo que o pior aconteça este mês, já que até a presente data, o calendário de pagamento dos servidores ainda não tinha sido divulgado pela Prefeitura. Por isso, ainda no último dia 29 de janeiro, a entidade de classe ingressou na justiça com um mandado de segurança pedindo que a gestão pague os salário de dezembro que ficaram atrasados.
Antônia Telvânia Ferreira Braz, de 40 anos, é professora do ensino fundamental de carreira. Resolveu disputar a cadeira do executivo com o prefeito da cidade que buscava se reeleger, Eduardo Feijó. Telvânia ganhou com uma diferença de 0.6% dos votos válidos. Mas o ex-gestor teria deixado a prefeitura com uma bomba relógio para a prefeita novata: salários de dezembro sem estarem pagos.
Em função disso o Sindicato entrou com o mandado de segurança. “O atraso compreende todos os servidores municipais de Paramoti, entre eles médicos, enfermeiros e técnicos de saúde, profissionais que estão na linha de frente de combate à pandemia de Covid-19. A entidade acrescenta que os trabalhadores estão passando por privações básicas em razão de dependerem exclusivamente do salário”.
O Portal Revista Central conferiu e até a noite desta terça-feira (2), ainda não havia a divulgação do calendário de pagamento por parte da prefeitura municipal. “Há ainda o temor que a remuneração de janeiro também não seja honrada pelo Executivo. Os gestores haviam prometido pagar o salário de janeiro na última sexta-feira (29), no entanto a promessa não foi cumprida”, afirmou a entidade.
O sindicato informou ainda que a situação também foi denunciada ao Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) e demanda que o órgão instaure um inquérito civil para apurar os atrasos no pagamento de servidores públicos do município.