Um saldo de 638 armas a mais apreendidas em 2020. O balanço dos 12 meses do ano passado resultou na apreensão de 6.117 revólveres, pistolas, espingardas, fuzis, rifles e outros tipos de armamento. Em média, foram quase 17 armas retiradas de circulação das ruas, por dia, nos 184 municípios do Ceará. Ações policiais de patrulhamento e abordagens a suspeitos, operações focadas em alvos específicos e denúncias explicam o aumento de 11,64% em relação as 5.479 armas recolhidas em todo o ano de 2019.
O secretário da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Sandro Caron, destaca que as armas recolhidas das mãos de suspeitos servem de base para coibir ações criminosas e também para resolução de crimes em investigação. “Com as apreensões e por meio de perícia, é possível elucidar crimes que tenham sido cometidos com essas armas. É muito importante destacar que a arma de fogo é um instrumento utilizado para a prática do homicídio, do assalto e de outros crimes, ou seja, quanto mais se tiram da rua as armas de fogo, mais se consegue evitar as ocorrências, prevenindo novos crimes”, frisa.
Todas as armas recolhidas pela Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) e pela Polícia Militar do Ceará (PMCE) são apresentadas diariamente nas delegacias do Estado e viram procedimentos instaurados pelas autoridades policiais. Em seguida, conforme solicitação dos delegados, as armas são encaminhadas para o Núcleo de Balística Forense (Nubaf) da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), onde são submetidas à análise. A avaliação dos armamentos é feita por meio de exames de microcomparação balística. Quando necessário, existe a possibilidade de realização de exame residuográfico, que é feito no Núcleo de Química Forense (NUQFO) da Pefoce.
Os dados de apreensão são consolidados mês a mês pela Gerência de Estatística e Geoprocessamento (Geesp) da Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp), vinculada à SSPDS. O mês com maior registro do ano de 2020 foi outubro, quando foram feitas 652 apreensões. O número alcançou o quarto maior acumulado mensal da série histórica, atrás dos meses de maio (695), agosto (687) e janeiro (664), todos do ano de 2018. O ano de 2020 se estabeleceu ainda como o quarto melhor ano desde que o índice começou a ser contabilizado, atrás de 2018, com 7.171; 2019, com 6.969; e 2015, com 6.288.