Forças policiais do Ceará e federais prenderam 203 suspeitos de homicídios, tráfico de drogas e assalto no estado em uma operação integrada, realizada desde terça-feira (9). De acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, a operação “Cerco Fechado” marca o início de uma atuação conjunta e permanente entre equipes de segurança e do estado.
“Nós esperamos que com essas atividades reduzamos bastante os indicadores de violência, em especial os homicídios e o tráfico de drogas, que é um dos principais causas da criminalidade violenta”, afirmou o ministro.
Segundo Mendonça, o foco do trabalho integrado será desestruturar o setor financeiro das facções criminosas, além da prisão dos chefes dos bandos.
O ministro afirmou também que liberou nesta quinta-feira (11) o valor de R$ 19 milhões para aplicação em segurança no Ceará.
Combate mais eficiente
Para o secretário da Segurança do Ceará, Sandro Caron, a soma das forças do estado e com agentes federais vai permitir o combate ao crime de forma mais eficiente.
“Isso [a integração das forças] nos proporcionará a estrutura ideal para combater aquilo que é fundamental para desestruturar o crime organizador: o patrimônio. Desestabilizar estrutura financeira, que é o patrimônio das organizações criminosas e conseguindo também a prisão das principais lideranças. É só com o enfraquecimento desses grupos que nós teremos uma efetiva redução da criminalidade no Ceará”, disse Caron.
Caron citou em entrevista coletiva a redução do número de assalto a bancos no Ceará, que caiu em 42% em 2020 em relação a 2019. Ele citou ainda o aumento na apreensão e armas e de drogas, mas não citou que os homicídios cresceram no Ceará no mesmo período.
Em 2019 foram 2.361 assassinatos no Ceará; e em 2020, 4.038. O aumento foi de 71%.
Ainda segundo o secretário, a operação Cerco Fechado, que marcou o início da parceria, contou com 1,5 mil agentes de segurança, incluindo policiais e militares do Ceará, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Penal.
Ceará e Rio Grande do Norte foram os primeiros estados a assinar o acordo com cria a força-tarefa permanente de segurança.
Com informações do G1