Região Central: A Leishmaniose Visceral, também conhecida como calazar, continua sendo uma doença que, quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos. Um levantamento do Revista Central com base nos dados da Secretaria Estadual de Saúde do Ceará-SESA aponta pela necessidade dos tutores a vacinar seus animais.
Conforme a SESA, no período de 2015 a 2020, o estado registrou 1.862 casos confirmados da doença, mas com uma redução nos coeficientes de incidência de 5,11 casos por 100.000 habitantes no ano de 2015 para 2,04 casos por 100.000 habitantes em 2020.
De 2015 a 2020, houve 168 óbitos da doença do calazar, perfazendo uma letalidade de 8,82% no Ceará. No triênio 2017 a 2019, o estado possui 141 municípios com transmissão. Na região Central teve maior índice em Mombaça, Boa Viagem e Quixeramobim.
De janeiro de 2015 a outubro de 2020, foram examinados 958.578 cães no Ceará, com média de 159.763 exames ao ano. Dos animais examinados, 54.175 (5,6%) tiveram diagnóstico confirmado para leishmaniose visceral canina.
O calazar é transmitido por um mosquito, também conhecido como mosquito palha, é o principal vetor do calazar. Porém, para transmitir a doença, o mosquito precisa primeiro picar um animal infectado e sugar uma amostra de sangue com o protozoário Leishmania. No intestino do inseto, o protozoário vai, então, se transformar na forma infectante.
Cães doentes podem transmitir o calazar para pessoas
Trata-se de uma questão mais complicada, porque a doença não é transmitida pelo contato com uma pessoa ou com um pet doente. No entanto, caso um mosquito pique um cachorro infectado, ele se tornará um vetor da doença e poderá contaminar humanos.
Os repelentes são a melhor forma de evitar o calazar.