Quixeramobim: O que a princípio foi interpretado como uma notícia falsa depois de repercutir em grupos de whatsapp, se confirmou: um lote com cerca de 600 testes rápidos paara diagnosticar pacientes com coronavírus, foi encontrado com prazo de validade vencido durante uma fiscalização em Quixeramobim, no Sertão Central.
Quem primeiro divulgou a informação, foi um blog de notícias de Quixeramobim, na manhã desta terça-feira (26). Até foto dos testes com data vencida se espalharam. No entanto, muitas pessoas, penaram que se tratava de uma informação falsa. No fim da tarde de ontem, o Grupo Cidade de Comunicação confirmou a informação com um funcionário da Prefeitura de Quixeramobim.
“Por telefone, um representante da gestão afirmou que o caso é acompanhado pelo setor jurídico da Prefeitura. ‘Estamos aguardando um parecer e não tem jeito, teremos que descartar esse lote vencido’, lamenta”, informou o Portal GCMais, ligado ao Grupo Cidade. Os lotes de testes rápidos deveriam ter sido utilizados até o mês de setembro do ano passado, mas acabaram se vencendo.
O prejuízo em termos financeiros, até que não foi dos maiores: com o material descartado, a prefeitura teria gasto o equivalente a R$ 16.800. No entanto, mais importante do que os valores, são as vidas que poderiam ter sido alertadas com o resultado destes testes, se eles tivessem sido utilizados. Conforme o Portal, a Prefeitura de Quixeramobim não havia encontrado nenhuma nota fiscal e baixas no sistema do material até o dia 30 de dezembro.
Faz bem lembrar que no final do ano passado a Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a extensão do prazo de validade por mais quatro meses de testes para Covid-19, a partir da data de vencimento. No entanto, a partir dos detalhes sobre o vencimento do material, são fortes os indícios de que possa ter havido algum crime relacionado à compra dos produtos, já que eles não tionham nota fiscal e não foram utilizados.
Uma investigação deverá ser aberta para apurar o fato e saber se houve conduta criminosa. Câmeras dos depósitos onde as ciaxas do material foram encontrados não possuem gravação de dias anteriores. Nas redes sociais a Prefeitura de Quixeramobim não comentou o fato nem o prefeito Cirilo Pimenta.
No ano passado, no auge da pandemia, o Portal Revista Central lançou uma série de três reportagens que destacava o descaso na cidade de Quixeramobim, e da gestão do então prefeito Clébio Pavone em meio à pandemia. Verbas não estavam sendo utilizadas por completo no aparato de combate à pandemia na cidade. Nas redes sociais, o então prefeito piorizava a divulgação de questões políticas e nas redes inssitucionais da gestão, era pouco os alertas e informações sobre medidas educativas contra a Covid-19.