Após quase três de apresentação de estudos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial das duas vacinas que devem ser usadas pelo Governo Federal no Brasil para o enfrentamento da pandemia do coronavírus: a CoronaVac e a a vacina da AstraZeneca. A informação sobre a aprovação do uso das duas vacinas, significa que o Governo poderá efeitavr, a qualquer momento, o plano de operação para a vacinação em massa da nação, seguindo os padrões que tenha estabelecido.
“A recomendação como área técnica é que, tendo em vista o cenário da pandemia, o aumento do número de casos, a ausência de alternativas terapêuticas, que é uma situação de muita tensão quanto aos insumos, a agência recomenda a aprovação do uso emergencial, condicionada ao monitoramento e acompanhamento próximo das incertezas”, disse o gerente de Medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes.
Na reunião que ainda está en andamento, a Anvisa apresentou estudos que validaram sua decisão para dois pedidos: um dos Instituto Butantan para que as cerca de 6 milhões de doses da CoronaVac, importadas da agência chinesa Sinovac, pudessem ser utilizadas no Brasil. O outro pedido era sobre o uso de 2 milhões de doses desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório da AstraZeneca. Estas, foram importadas da Índia.
Na abertura da reunião, o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, disse que é preciso mudar o comportamento social em razão da pandemia. “O inimigo é um só. A nossa chance, a nossa melhor chance nesta guerra passa, obrigatoriamente, por uma mudança de comportamento social, sem a qual, mesmo com vacinas, a vitória não será alcançada”, declarou.
Segundo a área técnica da Anvisa, apesar da recomendação do uso emergencial, existem incertezas que deverão ser acompanhadas de perto pelo órgão. Os técnicos destacaram a duração da imunização, efeitos em idosos e em grupos específicos e eficácia em pessoas que tiveram a doença. A Anvisa também informou que aguarda as informações sobre os anticorpos gerados na Fase 3 do estudo.
Na apresentação, o gerente da Anvisa informou que a área técnica confirmou a eficácia da CoronaVac. A taxa de sucesso na prevenção da doença em relação ao grupo que tomou placebo (medicamento inócuo) atingiu 50,39%. Na semana passada, o Butantan tinha divulgado uma eficácia de 50,38%. O índice está acima da eficácia mínima de 50% exigida pela Anvisa e recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Com informações da Agência Brasil