Região Central: O Tribunal de Contas do Estado (TCE) encontrou indícios de irregularidades em 19 prefeituras do Ceará, alvos de uma investigação que ocorreu por quase um mês. A ação do órgão mirou principalmente as prefeituras onde os atuais prefeitos não foram reeleitos ou não conseguiram eleger aqueles que declararam apoio como sucessores.
A surpresa fica por conta de quatro cidades do Sertão Central que aparecem na lista. São elas: Boa Viagem, Milhã, Quixadá e Quixeramobim. Os problemas encontrados vão desde o atraso ou dificuldades impostas na operação da Fase de Transição até a ameaça de descontinuidade dos serviços essenciais.
As fiscalizações nas prefeituras teve início dias após às eleições e durou até o fim da semana passada. Os municípios selecionados foram aqueles que apontaram maior indício de problemas a partir de um cálculo de Matriz de Risco utilizado pelo TCE. A metodologia estabelecida para realização dos trabalhos consistiu do exame dos documentos solicitados através de requisições, assim como o exame dos dados eletrônicos insertos no Sistema de Informações Municipais.
A relação das cidades que apresentaram os indícios de irregularidades foi repercutida na edição desta sexta-feira (18) do Jornal Diário do Nordeste. Em Quixeramobim onde o atual prefeito Clébio Pavone não conseguiu se reeleger, o TCE apontou a contratação ou demissão de funcionários após o dia 15 de agosto, período em que é vedada a prática em função do prazo eleitoral. O quadro também foi observado em Milhã.
Já em Quixadá a situação encontrada foi de dificuldades impostas pelas gestões atuais para a operação da Fase de Transição. Ilário Marques, que se candidatou a reeleição em Quixadá, perdeu. Por decreto, ele ordenou que a Transição tivesse início só no dia 21 de dezembro, durando apenas uma semana.
Em Boa Viagem a atual prefeita Aline Vieira também foi derrotada quanto tentou se reeleger. Por lá, além do mesmo problema encontrado em Quixadá, o TCE detectou que há ameaça de descontinuidade de serviços públicos essenciais, questão também observada em Quixadá.
De acordo com o Diário do Nordeste as prefeituras citadas na matéria foram contactadas para ter direito à resposta, mas os números não eram atendidos ou completados.