Região Central: A vereadora eleita de Ibaretama, Edivanda de Azevedo, foi suspensa do Partido dos Trabalhadores (PT) por decisão do diretório municipal. A atitude do partido é tomada após Edivanda ser presa por configurar entre os suspeitos de participarem da chacina em Ibaretama que deixou sete pessoas mortas, entre as vítimas, uma criança de apenas seis anos.
A informação foi confirmada pelo presidente municipal do PT, Antonio Alves Filho, ao jornal O Povo na noite do último domingo (20). A suspensão de Edivanda deve durar 60 dias. “Foi o diretório de Ibaretama que se reuniu ontem e decidiu suspender. É aguardar mais informações das autoridades e assegurar o direito de ela se defender. Mas, diante da gravidade da situação, o partido achou melhor suspender”, disse o presidente da sigla.
No final da última semana a suspensão da parlamentar já tinha sido discutida durante uma reunião da executiva estadual do PT em Fortaleza. A comissão municipal liderada pelo presidente do PT em Ibaretama foi criada para analisar o regimento interno e ver o que poderia ser feito. A decisão veio no fim de semana. Edivanda foi presa na última sexta-feira (18) em Fortaleza no bairro de Fátima.
Conforme o inquérito da Polícia, a vereadora é apontada como suspeita de auxiliar os executores, ou seja, ela teria dado apoio logístico e material para que o crime ocorresse. Os alvos da empreitada criminosa seriam pessoas supostamente envolvidas em crimes no município e integrantes de uma organização criminosa, como indicam as provas levantadas pela Polícia Civil. Os dois filhos dela também teriam contribuído com a ação criminosa, repassando informações dos alvos, bem como dando assistência aos executores nos momentos que antecederam as mortes e após o crime.
Foram presos em flagrante, no dia seguinte às mortes, em um imóvel localizado na zona rural de Ibaretama Francisco Victor Azevedo Lima, de 20 anos, e Kelvin Azevedo Lima, de 26, com passagem por uso de entorpecentes, são apontados como suspeitos de dizerem o local onde as vítimas estavam, além de fornecerem alimentação, abrigo e internet para os demais envolvidos. As prisões foram realizadas pela Delegacia Regional de Quixadá.
Na entrevista que concedeu ao jornal O Povo, Antônio Alves Filho afirmou que vê a decisão de suspender Edivanda como certa e ainda cogitou que ela pode ser expulsa, caso fique provado em definitivo sua participação. ” Eu julgo adequada (a medida). Se ela não tiver nenhum envolvimento, ela volta. Se tiver, a medida será a expulsão”, afirmou.