No último sábado (12), órgãos fiscalizatórios do Ceará deram início à Operação Fim de Ano Seguro para cumprir as medidas de prevenção contra a Covid-19 no estado. Para investigar eventos que promovam grandes aglomerações, equipes do setor de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) devem se engajar nas ações, de acordo com a secretária-executiva de Vigilância e Regulação da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), Magda Almeida.
“Teremos uma reunião para utilizar a Inteligência da Segurança Pública para estar dentro desses eventos, monitorando e avaliando quais são os locais onde vamos iniciar uma fiscalização”, disse ao G1 Ceará na manhã desta segunda-feira (14). Nas últimas semanas, houve crescimento de registros da doença em 19 das 22 áreas descentralizadas de saúde do estado.
No último fim de semana, pelo menos nove estabelecimentos foram autuados em Fortaleza. A Vigilância Sanitária Estadual verificou irregularidades em quatro locais que promoviam eventos. A Agência de Fiscalização de Fortaleza notificou quatro bares e restaurantes. Na madrugada de sábado (13), uma festa com 700 pessoas foi encerrada pela Polícia Militar no bairro Cambeba.
“A gente intensificou no fim de semana com um número maior de agentes porque essas aglomerações têm um número muito grande de pessoas e precisam de um efetivo policial maior, para que a gente consiga conter e dispersar”, afirma Magda.
Festas proibidas
Por decreto estadual, há proibição de festas e eventos sociais no período de 15 de dezembro (terça-feira) a 4 de janeiro de 2021, que abrangem Natal e Réveillon. Em residências e áreas comuns de condomínios, o limite será de 15 pessoas reunidas.
Até as 17h do último domingo (13), o Ceará confirmou 316.394 casos da Covid-19, conforme a plataforma IntegraSUS, da Sesa. Ao todo, 9.786 pessoas foram mortas pela doença. Outros 38 mil casos seguem em investigação.
Ainda segundo a secretária-executiva, estabelecimentos de hotelaria, alimentação e ensino podem se candidatar ao Selo Estabelecimento Seguro se cumprirem corretamente as regras de funcionamento, como respeito à capacidade total e uso da máscara.
“A gente precisa frear nas festas porque você tem mais contato desprotegido, sem máscara, e circula com pessoas que não são da sua convivência habitual. Com essa diminuição dos eventos, pretendemos diminuir a velocidade [da contaminação] e não entrar na fase 3”, afirma ela, referindo-se à retomada de medidas mais restritivas nas atividades econômicas, segundo o novo Plano de Contingência do Governo do Estado.
Com informações do G1