Região Central: Um levantamento feito pelo Portal Revista Central com base nos dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre as eleições do último dia 15 de novembro, mostra que das 18 cidades do Sertão Central, três não elegeram nenhuma mulher para ocupar uma cadeira de vereadora na Câmara Municipal. O resultado expressa um fenômeno sociológico: a baixa representatividade feminina nas decisões políticas municipais.
Conforme os dados do TSE, Ibicuitinga, Milhã e Piquet Carneiro são as únicas cidades da região Centro que não possuem nenhuma mulher na Câmara. As demais 15 cidades que elencam a área do Sertão Central tiveram, todas elas, ao menos uma mulher eleira vereadora na última eleição.
O jornal Diário do Nordeste fez um levantamento semelhante esta semana. Num cálculo ainda mais abrangente, o jornal listou as cidades do Ceará que não tiveram mulheres eleitas no parlamento municipal, e o número impressiona: um total de 14 cidades não tem nenhuma mulher no legislativo. Nesta lista está as três cidades da região. As demais são: Barro, Beberibe, Capistrano, Catarina, Iracema, Ocará, Orós, Russas, Tamboril, Umirim e Penaforte.
Por outro lado, ainda conforme o levantamento do jornal, está justamente entre as cidades do interior, aquelas que tiveram um número mais expressivo de mulheres eleitas vereadoras. Baixio, situada na região Sul foi a cidade que teve proporcionalmente a maior quantidade de vereadoras entre os homens: das nove vagas da Câmara, seis foram disputadas e vencidas por mulheres.
Morada Nova também coleciona figuras femininas entre os homens. Das 15 vagas da Câmara, seisserão de mulheres no próximo pleito. A cidade, por sinal, reservou uma situação no mínimo curiosa na última campanha: mãe e filha foram eleitas vereadoras. A atual vice-prefeita, Jane Martins, foi escolhida juntamente com a mãe, professora e líder sindical, Bia Martins, além de outras quatro.