Dados divulgados pelo Movimento Mulheres Negras apontam que, em 2016, o número de eleitas, tanto para vereadoras quanto para prefeitas não chegou a 5%. As mulheres negras representam 27,8% da população brasileira, porém têm representatividade baixa na política.
Os números de candidatas e de eleitas, ficaram atrás de homens brancos, homens negros e de mulheres brancas nos dois cargos. Para as eleições deste ano, houve um pequeno aumento no número de candidatas negras tanto para vereadoras quanto para prefeitas.
Nas eleições de 2016, 4,1% dos candidatos às prefeituras eram de mulheres negras (691). Em comparação, os candidatos homens brancos somavam 57,7%, homens negros, 28,7% e mulheres brancas, 8,8%. Das candidatas negras, 3,2% (180) foram eleitas. O maior percentual de eleitos foi de homens brancos, com 62,2%. Comparando com a eleição deste ano houve um aumento no número de candidatas negras, de 0,4 ponto percentual.
Para o cargo de vereador, em 2016 15,4% dos candidatos eram mulheres negras (71.066). Comparando, o número candidatos homens brancos foi 33%, negros, 33,3% e brancas, 17,5%. Das candidatas negras, 5% (2.870) foram eleitas. O maior percentual de eleitos foi de homens brancos, com 48,7%. Comparando com 2020, houve um crescimento de 1,4 ponto percentual no número de candidatas negras.
De acordo com estudo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e da Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres), o Brasil se posiciona entre os países da América Latina que mais apresentam barreiras para os direitos políticos das mulheres e a paridade política entre homens e mulheres. O país está em 9º lugar dentro de um ranking com 11 países.