Quixadá: um levantamento mostrou que a 1ª Vara da Justiça do Trabalho do município de Quixadá é a terceira do País com o maior número de ações trabalhistas relacionadas à pandemia do Coronavírus. Os dados são de um ranking divulgado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) e mostram que a vara de Quixadá também é a primeira do Ceará em número de ações impetrada por trabalhadores no período da pandemia.
De acordo com o detalhamento fornecido pelo TST, no primeiro semestre de 2020, no período compreendido entre janeiro e junho, a 1ª Vara da Justiça do Trabaho de Quixadá recebeu um total de 490 ações impetrada por cidadãos na busca de diretos trabalhistas por ações que tenha ocorrido e que possuam alguma ligação com a pandemia. A cidade cesrense do Sertão Central só perde para as duas varas de justiça do trabalho que existem no município de Lages, em Santa Catarina.
Entre os assuntos mais frequentes nas reclamações trabalhistas, liberação do FGTS, aviso prévio e a multa de 40% do Fundo de Garantia lideram o ranking, conforme o detalhamento dos dados levantados pelo órgão. Advogados trabalhistas apontam que o desemprego está entre as principais razões para o aumento da judicialização durante a pandemia e alertam que o impacto deve ser ainda maior a longo prazo.
Em todo o País, mais de 14 mil brasileiros já recorreram à Justiça do Trabalho em ações relacionadas à pandemia do coronavírus. Segundo lo Tribunal Superior do Trabalho (TST), até julho haviam sido registradas 14.286 ações trabalhistas nas Varas do Trabalho com o assunto Covid-19. Enquanto o número total de ações em primeira instância diminuiu 25,7% em abril na comparação com março, os pedidos relacionados à doença tiveram alta de quase 331%. Já entre abril e maio, o aumento de ações com o tema Covid-10 foi de 66,5%, bem acima da alta no número total de ações, que ficou perto de 1%.
Em janeiro, já havia 164 ações nas Varas de Trabalho relacionadas à Covid-19. Mas o salto se deu em abril e maio, com 2.559 e 4.260 processos, respectivamente. A partir de junho, o número de novos casos relacionados à doença começou a recuar e, entre junho e julho, a queda foi de quase 43%. De acordo com o levantamento, os setores da indústria, comércio e transporte registraram o maior número de reclamações trabalhistas, respondendo a 40,7% do total.
Com informações do G1