Presidente da Câmara de Ibicuitinga avisa blitz em rede social e comete crime: “Quem estiver sem capacete não venha”

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Doralice Nobre Marinho – conhecida como “Dó do Canindezinho”, é a presidente da Câmara (foto: rede social)

Ibicuitinga: Com o avanço da comunicação por meio de aplicativos de mensagens instantâneas, tornou-se comum a divulgação de informações sobre blitz. Em grupos do WhatsApp com pessoas da mesma cidade, não é raro que alguém publique alguma informação dizendo que a Polícia Militar e o órgão de fiscalização de trânsito estão parando os motoristas que passam por determinado local.

Foi assim que agiu a vereadora e presidente da Câmara Municipal de Ibicuitinga, Francisca Doralice Nobre Marinho – conhecida como “Dó do Canindezinho”, ao avisar para quem anda transitando de forma irregular, como pode exemplo,  sem capacete, que equipes do Departamento Estadual de Trânsito- DETRAN e da Polícia Rodoviária Estadual-PRE faziam uma blitz na CE-265, de acessos aos municípios de Ibicuitinga a Morada Nova.

Amigos de amigos o Detran está próximo a fazenda do Julinho, pegando tudo, com reboque e tudo. Quem vier irregular sem capacete não venha pra banda de Morada Nova agora, porque o Detran está lá.” Avisou Dó do Canindezinho”, em áudios que rapidamente foram compartilhados em grupos da região.

O indivíduo que divulga informações relativas à blitz comete o crime de atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública, previsto no art. 265 do Código Penal, com pena de reclusão de 1 a 5 anos: art. 265. Atentar contra a segurança ou o funcionamento de serviço de água, luz, força ou calor, ou qualquer outro de utilidade pública: Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa.

Sem dúvida a atitude da vereadora é lamentável, uma vez que sua obrigação é buscar o cumprimento das leis, dando exemplo para seus representados e principalmente incentivar a condutores a usarem capacetes, item indispensável que salva vidas.

Em uma blitz, bandidos podem ser presos e com avisos, sem dúvidas acabam mudando suas rotas.

O Revista Central não conseguiu localizar a vereadora para que ela desse a sua versão dos fatos. Fica o espaço concedido.