O Ceará lidera, entre todos os estados do país, o número de gestores e ex-gestores que cometeram crimes de improbidade administrativa nos cargos públicos, e terminaram sendo enquadrados na Lei da Ficha Limpa. O levantamento foi realizado Associação de Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon).
Conforme o levantamento, são 2.900 pessoas que ocupavam cargos políticos, de secretário ou de confiança em gestões públicas municipais nos últimos anos. O total de nomes com filha suja no Ceará é tanto que chega a ser mais do que o dobro de nomes que tem o estado na segunda colocação do ranking, Minas Gerais.
A grande maioria dos nomes, inclusive, é de prefeitos e ex-prefeitos e também de nomes que concorreram ao cargo de vice. As principais irregularidades cometidas pelos gestores “ficha-suja” estão não ter atingido o percentual mínimo de gastos com Saúde e Educação, realização indevida do recolhimento de contribuições previdenciárias ou de licitações e atos de improbidade administrativa que culminaram em prejuízos ao contribuinte.
Até o momento, o levantamento leva em conta dados de 15 estados, incluindo o Ceará, que já se anteciparam ao prazo de 25 de setembro, quando todos os tribunais deverão encaminhar seus relatórios à Justiça Eleitoral. O arquivo contém os nomes das pessoas que tiveram suas contas relativas ao exercício de funções ou cargos públicas rejeitadas por irregularidade insanável ou por decisão irrecorrível, nos últimos oito anos, registradas no TCE Ceará até a presente data.