Apesar de já começar a ser sentido de maneira mais forte e intensa, o sol que indica o calor típico do Ceará até o momento não causou uma mudança significativa no cenário relacionado à seca no estado. De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme), os níveis de seca no Ceará se mantiveram estáveis, conforme a atualização mais recente do Monitor de Secas.
De acordo com o órgão, a ferramenta realiza o acompanhamento regular e periódico da estiagem no Nordeste e em seis estados brasileiros fora da região. Os apontamentos do monitor mostraram que o Ceará apresentava, em junho, 20,84% do seu território classificado em seca fraca.
No último levantamento, que faz referência a julho, não houve alterações. O cenário é semelhante desde maio, na verdade, quando a taxa era de 20,82%. Isso significa que mesmo passado o período chuvoso e após a chegada de temperaturas mais elevadas, os níveis de seca que são causados pelos impactos do calor e do mormaço, praticamente se manteve estável.
Isso pode ser visto como um cenário otimista principalmente se considerado o fato de que, de acordo com a Funceme, a Pós-Estação, que compreende a junho e julho, apresentou precipitações abaixo da média. Com acumulado médio de 31,2 milímetros, o desvio negativo foi de 40,9% em relação à normal climatológica, que é de 52,9 mm para o estado como um todo.
Apesar da boa constatação, o órgão de meteorologia cearense pondera: “apesar da redução das chuvas no comparativo com os meses do primeiro semestre – o que é comum no Ceará -, a seca fraca segue concentrada em uma porção entre a macrorregião Jaguaribana e o Sertão Central. No atual cenário, o Monitor de Secas indica que a área do estado afetada deve ter impactos de longo como redução do plantio, crescimento de culturas ou pastagem, além de alguns déficits hídricos prolongados, pastagens ou culturas não completamente recuperadas”.