Região Central: O município de Paramoti, no Sertão Central do Estado, realizou um dia de ações que visam fortalecer e incentivar a cultura do cultivo do algodão, fornecendo orientações técnicas sobre como modernização a ação feita por agricultores naquele município. O evento aconteceu essa semana e foi coordenado pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), Secretaria Executiva do Agronegócio e Escritório Local da Ematerce.
Segundo o coordenador estadual do programa de modernização do Algodão, Euvaldo Bringel, a unidade experimental visitada nesta terça-feira na propriedade do produtor rural José Dantas, na Comunidade Castelo, zona rural de Paramoti, é uma realidade promissora para o setor, após décadas de estagnação por conta da praga do bicudo.
“Estamos trabalhando desde 2017 com o apoio técnico da Embrapa no compartilhamento de tecnologia de sementes, do Governo do Ceará com o investimento na promoção e organização do setor e já temos o projeto de expansão para além do Cariri, Apodi e Sertões do Quixeramobim e Inhamuns, onde temos os primeiros bons resultados”, explicou Euvaldo, que tem o plano agora de adaptar e incrementar a produção voltada para a agricultura familiar.
A principal pauta do encontro foi discutir propostas, alternativas e caminhos para a revitalização dessa cultura no Estado, através da organização de produtores em várias regiões, financiamentos através do Banco do Nordeste, intercâmbios, incremento da comercialização e serviços de Ater (Assistência Técnica e Extensão Rural).
Para o pesquisador da Embrapa Fábio Aquino de Albuquerque, o trabalho nas unidades experimentais têm sido importantes para entender todo o processo da cultivar do algodão, a necessidade da retirada de todo o algodão após a colheita, o acompanhamento da chegada do bicudo, que pode desovar até 150 ovos de uma só vez, o combate correto à praga da lagarta e bicudo, o distanciamento ideal entre as plantas, são essenciais para o bom desenvolvimento da cultura no semiárido.
Nesta quarta-feira (12), a técnica da Ematerce e engenheira agrônoma Mara Alice finaliza os resultados da unidade experimental em Paramoti para as análises e posteriores novos investimentos. De acordo com a gerente executiva do Banco do Nordeste Francisca Geane (foto acima), a troca de conhecimento é crucial para o investimento neste projeto e o banco está presente para fazer o seu papel de impulsionar o desenvolvimento local e regional.