Número de mortos em explosão no Líbano passa dos 100; hospitais entram em colapso

A fumaça é vista após uma explosão em Beirute (Foto: Reuters/Nissan Abdalah)

Passa de 100 o número de mortos e mais de 4 mil o número de feridos na explosão ocorrida na tarde da última terça-feira (4), horário de Brasília, na área portuária de Beirute, no Líbano. Uma grande explosão no porto da capital libanesa provocou ondas de choque que estilhaçaram janelas, danificaram edifícios e estremeceram o chão de Beirute.

A explosão ocorreu por volta das 18h no horário local. Feridos chegaram a ser levados para hospitais fora de Beirute.
Alguns moradores, que estavam vivas durante os bombardeios que ocorreram na guerra civil do país, entre 1975 e 1990, acharam que se tratava de um terremoto. O ministro do Interior do Líbano disse ao canal de televisão Al Jadeed que nitrato de amônio era armazenado no porto desde 2014. Israel, que já travou diversas guerras contra o Líbano, negou qualquer tipo de envolvimento e ofereceu ajuda.

A situação no Líbano é de profundo descaso. Os hospitais estão lotados e já chegam ao ponto de rejeitar feridos. Prontos-socorros vivem a falta de insumos básicos e remédios, e estão em colapso desde ontem, com a chegada de mais feridos para atendimento logo após a explosão. O maior hospital da cidade, o St. George, teve as janelas destruídas e está com o telhado em pedaços. Pacientes internados na unidade se feriram, e os pais de crianças com câncer tiraram seus filhos às pressas dos leitos.

A Marinha do Brasil informou que os militares que compõem a Força Tarefa Marítima da corporação, em Beirute, estão bem e não foram atingidos pela grande explosão ocorrida na região portuária da capital do Líbano, bem como o contingente brasileiro baseado na cidade de Naqoura, ao sul do Líbano. A Marinha informou que acompanha os desdobramentos da explosão.

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) emitiu nota oficial na terça-feira (4) em que manifesta solidariedade ao povo e ao governo do Líbano. De acordo com o Itamaraty, “não há, até o momento, notícia de cidadãos brasileiros mortos ou gravemente feridos”. A pasta acompanha a situação por meio da embaixada brasileira no país, cuja sede fica a cerca de 8 quilômetros da zona onde ocorreu a explosão. Também foram disponibilizados números de telefone e e-mail para contato com a assistência consular no país e também em Brasília.

O presidente Jair Bolsonaro lamentou a explosão. Em sua conta pessoal no Twitter, Bolsonaro disse estar profundamente triste com as cenas. “O Brasil abriga a maior comunidade de libaneses do mundo e, deste modo, sentimos essa tragédia como se fosse em nosso território. Manifesto minha solidariedade às famílias das vítimas fatais e aos feridos”, escreveu o presidente da rede social.

Com informações da Agência Brasil e Uol