Mês de julho se encerra com chuvas acima da média esperada para o período

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Não foi só impressão sua: choveu bastante em julho. Por ser um mês da chamada pós-estação, passado o período oficial de chuvas, choveu até mais do que o esperado. A confirmação desta informação é dada pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).Julho terminou com precipitações acima da normal climatológica. Com média observada de 27 milímetros, o desvio positivo foi de 76% em relação à média histórica, que é de 15,4 mm.

Com o fim do período da quadra chuvosa no Ceará, os registros de precipitações expressivas se tornam menos comuns. Porém, os dados apontam que esta é a segunda maior média registrada, atrás apenas de julho de 2017, quando choveu 30,7 milímetros no Ceará.

As chuvas prolongadas no Vale do Jaguaribe e no litoral Leste favoreceram a manutenção da pastagem nativa no campo, ampliando a segurança alimentar do rebanho. No Sertão Central, as precipitações também foram positivas. O diretor do Sindicato Rural de Quixeramobim, Cirilo Vidal, destaca as chuvas contribuíram na ” boa alimentação do rebanho”, disse ao jornal Diário do Nordeste.

O Perímetro Irrigado Jaguaribe – Apodi que fica na área leste, entre o Ceará e o Rio Grande do Norte costuma ser favorecido nos dois primeiros meses pós estação chuvosa (junho e julho) por precipitações oriundas do litoral da região leste do Nordeste. São as chamadas ondas de leste.

Com o fim de julho, encerra-se também o período conhecido como Pós-Estação. “Falando em climatologia, em agosto, a média de chuvas no estado cai para apenas 4,9 mm. E como os cearenses já sabem, vão se as chuvas e chegam os ventos mais fortes”, explica a gerente de Meteorologia da Funceme, Meiry Sakamoto.

Neste próximo mês, os registros de rajadas de vento mais fortes são observados, principalmente, no litoral onde a intensidade dos ventos pode ultrapassar os 30km/h. “Bom para quem pratica esportes náuticos à vela; perigoso para os pescadores, pois o vento, além de mais forte, passa a soprar do continente para o oceano, dificultando o retorno do mar”, complementa a meteorologista.