Mildred Geraldine Schappals foi uma vítima da pandemia de gripe de 1918, quando era um bebê de 11 meses. E agora, aos 102 anos, sobreviveu à Covid-19 .
Gerry, como é conhecida, nasceu no estado americano de Massachussets, em 1918. Naquele ano, ela, a mãe e o irmão tiveram gripe. Ela ficou tão doente que mal podia se mover, segundo contam membros da família. Apesar dos problemas, todos se recuperaram.
Ela considera que aquela infecção fortaleceu seu sistema imunológico e que a protegeu de gripes e resfriados, raros durante sua vida. “Ou talvez a Mãe Natureza pensa que eu morri em 1918, então me ignora”, brinca.Gerry ouve e caminha com alguma dificuldade, mas segue lúcida e bem-humorada. “Não me considero velha”, disse ela, com ajuda da filha, ao jornal The Washington Post.
Ao falar sobre sua vida, lembra que, durante a infância, militares que haviam lutado na Guerra Civil Americana (1861-1865) vinham contar sua experiência nas escolas. Também conta ter lembranças da campanha eleitoral de 1928.Ela se tornou professora do ensino fundamental e depois foi supervisora educacional.
Casou-se com Everett, marinheiro que combateu na Segunda Guerra e morreu em 1983. Eles tiveram duas filhas, três netas e seis bisnetas.
Após se aposentar, no fim dos anos 1980, Gerri sofreu com um câncer de mama e, depois, um tumor no intestino. Recuperou-se de ambos com tratamentos e cirurgias.Em maio, ela se sentiu mal e teve febre. No hospital, recebeu o diagnóstico de coronavírus. Suas filhas ficaram preocupadas, devido à idade da mãe, mas Gerry se recuperou bem e não teve complicações, de acordo com a rede de TV CNN.
Questionada sobre o segredo para viver tanto e com saúde, a aposentada diz que busca manter o bom humor e não se preocupar muito com as coisas. E que adora beber vinho tinto.
Com informações do Folha De S.Paulo