Quatro dias após embarcar num ônibus com destino à cidade de Jundiaí, no interior de São Paulo, um homem de 60 anos teve o mandado de prisão preventiva cumprido na última quarta-feira (26). O preso é investigado por estupro de vulnerável da filha, hoje com 13 anos. Os abusos sexuais, como apontam as investigações da Delegacia Municipal de Massapê, ocorreram nos anos de 2015 e 2016, quando a vítima tinha 8 anos de idade. A Polícia Civil do Estado do Ceará contou com a colaboração da Polícia Civil do Estado de São Paulo (PCSP) para cumprir a ordem judicial.
As investigações policiais tiveram início após o Conselho Tutelar do município da Área Integrada de Segurança (AIS 14) repassar o caso. Conforme levantamentos do órgão municipal, os abusos sexuais contra a vítima teriam iniciado quando ela tinha 8 anos e o pai dela seria o responsável. Imediatamente, os fatos foram comunicados à autoridade policial para que fossem apurados, com a coleta de depoimentos e de provas que comprovassem o crime.
Em depoimento na delegacia, o pai confessou os atos libidinosos e sexuais que mantinha com a filha e alegou que a menina estivesse “possuída por forças malignas”. Na quarta-feira (19), mesmo dia da tomada do depoimento do pai, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva dele ao Poder Judiciário. De posse da ordem judicial, os policiais civis descobriram que o suspeito havia tomado um ônibus e teria desembarcado na cidade de Jundiaí, em São Paulo.
Mesmo a quase 3 mil quilômetros que separam a cidade cearense Massapê da paulista Jundiaí, a Polícia Civil do Ceará entrou em contato com os policiais civis da Delegacia Seccional Policia Jundiaí e trocou informações sobre a investigação. Na manhã da última quarta-feira (26), os agentes paulistas foram até o endereço onde o homem estava hospedado para cumprir o mandado de prisão preventiva. Ele foi conduzido para uma unidade do sistema prisional de São Paulo e aguarda os trâmites legais para ser recambiado ao Ceará.
A Delegacia Municipal de Massapê segue investigando o caso a fim de concluir os trabalhos policiais para remeter o inquérito policial ao Poder Judiciário. Visando preservar a identidade da vítima, a Polícia Civil opta em não divulgar o nome do preso.