Quixadá: o município de Quixadá amanhece em festa nesta quinta-feira (20). A religião católica celebra nesta data o aniversário de 49 anos da fundação da Diocese de Quixadá. A organização religiosa é responsável pela organização e manutenção de 20 paróquias espalhadas por Quixadá e outras 19 cidades, não so do Sertão Central como do Maciço de Baturité.
Para comemorar a festa, o Bispo Dom Ângelo Pingnoli realiza, a partir das cinco da tarde, uma missa celebrada direto da Catedral de Quixadá. A celebração acontece ainda a portas fechadas e sem a presença física de fiéis, em função da política de não-aglomeração posta em prática para evitar a disseminação do coronavírus. As páginas das demais paróquias da região deverão retransmitir a celebração religiosa.
A Diocesse carrega a importante missão de manter viva a chama acessa da fé católica e puramente cristã, nos corações dos quixadaenses. Os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ainda de 2010, apontam que das cerca de 84 mil pessoas que moram em Quixadá, 67.196 se declaram católicas.
Mas não é só à manter a fé acessa que se resume a missão da Diocese. Em Quixadá, as ações desenvolvidas pela organização religiosa trouxeram impactos positivos e uma mudança no cenário da economia, da educação e do turismo local. Hoje, ela atua como mantenedora de importantes empreendimentos, como o Hospital e Maternidade Jesus Maria e José, referência no atendimento médico com especialidades únicas; a Unicatólica, o colégio Valdemar Alcântara, o Santuário Rainha do Sertão e a Rádio Cultura.
A diocese de Quixadá foi criada aos 13 de março de 1971 através da Bula Qui Summopere no pontificado do Papa São Paulo VI e solenemente instalada aos 20 de agosto do mesmo ano às 19 horas numa Concelebração Eucarística presidida por D. Humberto Mozzoni, Núncio Apostólico no Brasil. Dom Joaquim Rufino do Rego, até então sacerdote diocesano do clero da Diocese de Oeiras e vigário de Picos no Piauí, foi seu primeiro Bispo.
Dom Rufino permaneceu no governo por quase 15 anos quando aos 25 de março de 1986 foi transferido para a Diocese de Parnaíba. Com esta transferência a Diocese mergulhou num período de vacância demorado vindo a ser provida de um Bispo somente aos 16 de março de 1988, quando o Santo Padre João Paulo II nomeou o revmo. pe. Adélio José Tomasin, sacerdote da Congregação dos Pobres Servos da Divina Providência, como segundo bispo da Diocese de Quixadá. D. Adélio foi ordenado aos 26 de março de 1988 e tomou posse desta diocese aos 29 de maio de 1988
Dom Adélio, ao longo dos anos, tornou-se figura memorável na imagem dos quixadaenses. Durante sua gestão, aumentou o número de paróquias e difundiu de maneira marcante a chamada Teologia da Caridade, tendo criado obras, ações e iniciativas voltada para a ajuda aos mais pobres em Quixadá. “. Além disso, seus projetos sociais lhe permitiram gerar empregos em Quixadá e movimentar direta e indiretamente milhares de pessoas ajudando a despertar este município para o desenvolvimento. Merece especial destaque no episcopado de Dom Adélio a construção do santuário dedicado a Imaculada Rainha do Sertão, que se tornou um grande centro de peregrinação no sertão do estado, com uma grande afluência de fieis durante todo o ano”, afirma o site da Diocese.
Tendo completado 75 anos de idade, conforme prescreve o código de direito canônico, D. Adélio, pediu ao Santo padre a renúncia ao governo pastoral da diocese, a qual foi aceita pelo Romano Pontífice Bento XVI aos 03 de janeiro de 2007. Na mesma data o Sumo Pontífice nomeou o, então, revmo. Pe. Ângelo Pignoli, sacerdote diocesano do clero da diocese de Franca em São Paulo, ordenado bispo em 11 de março de 2007 e que permanece no cargo até então.
“De 2007 até esses dias, a Diocese de Quixadá, impulsionada pelo zelo pastoral de seu bispo, tem dado grandiosos passos, sempre mais apascentando o rebanho do Senhor presente nessas terras sertanejas. O Senhor Jesus, que conduz sua história com amor através de seus ministros, faz com que a Diocese de Quixadá cresça sempre mais no anúncio do Reino”.