Quixadá: Um perfil em rede social tem causado alvoroço e preocupação de dirigentes de escolas da maior cidade da região Central do Ceará. Isso por causa dos conteúdos que são expostos por ex e atuais alunos. Os casos são chocantes e merecem ampla investigação dos órgãos públicos.
O perfil intitulado “Quixadaexpos” que já conta com 2.161 seguidores, de autoria não identificada, objetiva que pessoas possam fazer denúncias diversas, especialmente, relacionadas a abusos nas escolas públicas e particulares da cidade de Quixadá. “Espero dar coragem a alguma de vocês pra contar suas histórias, precisamos de muita pra falar disso. Sua história merece ser contada”, destaca no Instagram. Narra ainda que a conta tem a intenção de unir relatos de pessoas que, de alguma forma já sofreram ou sofrem assédios ao longo da vida.
Uma ex-aluna de uma escola chegou a dizer que seu professor lhe assediava corriqueiramente, inclusive pegando em suas partes intimas. Outra mulher contou a história de seu pai. Muitas alunas disseram para a página, que elas diariamente são assediadas por educadores e recebem propostas mais indecentes que se possam imaginar.
Homens também tiveram a coragem de expor assédios, como “fulano” citou ao aceitar uma carona e o professor teria pego em seu pênis.
Os denunciantes chegam a relatar onde os casos foram consumados e até as disciplinas dos professores, mas sem citar seus nomes.
Fora da escola, meninas denunciam assédios em academias por parte de alguns personal trainer, uma contou que, constantemente, recebia convite para ir a casa desse profissional e chegou receber fotos das partes intimas do denunciado, “tive que bloquear”.
Escolas reagem
Em notas públicas, algumas escolas já se manifestaram sobre os ocorridos e negam os fatos, um a dela chega a dizer que as denuncias “…não tem qualquer fundamentação que comprove a veracidade dos fatos…” Apesar dos inúmeros e graves relatos, a escola em nenhum momento de sua nota se compromete em ajudar as vítimas ou adotar medidas para investigar.
Uma escola particular disse que está buscando orientação jurídica, mas também não se comprometeu a colaborar para punir os possíveis assediadores.
Os casos são graves e não podem se resumir apenas por meras notas públicas, mas adoção de medidas urgentes para evitar a continuação dos crimes.
Observação: O Revista Central preferiu não citar os nomes das escolas envolvidas, tendo em vista que tais denúncias ainda não são investigadas pela Polícia Civil e Ministério Público.