Região Central: Em menos de uma semana foram registradas nove mortes causadas por coronavírus nos municípios da região do Sertão Central. Quixadá é a cidade que amarga a marca de mais óbitos no período: foram três no total. Os dados foram levantados pela reportagem do portal Revista Central com base nas informações dos boletins fornecidos diariamente pela Secretaria de Saúde das prefeituras.
A pesquisa considerou o período relacionado da última segunda-feira (18 de maio) até a última sexta-feira (22 de maio). Ou seja, as nove mortes acometeram pacientes em um intervalo de apenas cinco dias. Dos 14 municípios que compõem a região Centro do estado, quase a metade computaram mortes pelo Covid-19. Foram eles: Quixadá, Quixeramobim, Ibaretama, Pedra Branca, Canindé e Mombaça.
Depois de Quixadá, Ibaretama foi a cidade que mais registrou mortes, foram duas no total, em um intervalo de apenas 24 horas. Mombaça, Canindé, Quixeramobim e Pedra Branca registraram uma morte cada durante o intervalo de segunda a sexta últimos. Outros Milhã, Ibicuitinga, Banabuiú, Choró e Solonópole já haviam registrado uma morte cada e o número permaneceu inalterado durante a semana. Senador Pompeu, Piquet Carneiro e Deputado Irapuãn Pinheiro permanecem sem registrar nenhuma morte.
Em Ibaretama as duas mortes ocorreram com moradores do distrito de Piranjy, na zona rural do Município. O portal Revista Central acompanhou os casos: na quinta (21), a vítima foi o líder comunitário João Américo da Costa, de 93 anos. Sites da cidade informaram que João deu entrada no hospital municipal na quarta com suspeita de pneumonia e faleceu no início da manhã seguinte. Já na sexta (22) a vítima foi o ex-vereador Elziêr Sampaio de Queiroz, de 88 anos. Ele morreu em casa.
As prefeituras adotam uma conduta de ética médica e não divulgam os nomes dos mortos. Em Ibaretama as informações foram divulgadas por veículos de comunicação porque se tratavam de figuras públicas. A prefeitura de Quixadá, por exemplo, não informou sequer a idade nem o sexo das três novas vítimas, e os dados que compõem a plataforma IntegraSUS também não são precisos porque demoram a ser atualizados em função da grande demanda de informações.
Em resposta aos novos casos e mortes, as prefeituras da região estão adotando medidas mais rígidas. Quase todas informaram publicamente que prorrogaram medidas que já tinham decretado no âmbito municipal, como forma de enfrentar os problemas em decorrência da pandemia. Na última semana o governador do estado, Camilo Santana, também prorrogou o decreto no Ceará até 31 de maio e pediu que municípios endurecessem as medidas para frear os casos e óbitos.