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Quixadá: O médico quixadaense Pontes Netto afirmou nesta terça-feira (15), ter adquirido materiais de proteção individual (EPIs) com recursos próprios, pois “não há fornecimento pelas autoridades sanitárias vigentes”. O profissional trabalha na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), local onde pessoas doentes procuram o estabelecimento por ser o único que funciona 24h. A postagem causou revolta na gestão petista.
A afirmação do profissional de saúde é grave, já que os EPIs são essenciais para a proteção dos profissionais que lidam diretamente com casos da doença COVID-19, causada pelo novo coronavírus, altamente contagiosa.
A Prefeitura de Quixadá rebateu a denúncia do médico afirmando que ele “agiu de má fé” e “faltou com a verdade”. Em nota, a prefeitura afirma que “o município de Quixadá fez a aquisição desses EPIs que estão disponíveis para o uso em concordância da referida nota técnica”.
O que chama a atenção foi justamente o trecho da nota que diz ser desnecessário o uso desse equipamento durante o atendimento do médico aos pacientes: “O referido servidor, em suas redes sociais, com total má intensão, se apresenta paramentado, com EPI’s desnecessários para o tipo de atendimento que está fazendo, e insinua falta desses equipamentos de proteção, o que não procede.”
A nota diz ainda que “o uso de macacão impermeável, bem como a máscara N95 ou PFF-2 e óculos de proteção estão indicados para procedimentos geradores de aerossóis como intubação orotraqueal, aspiração de vias aéreas e coleta de swab. Para atendimento ambulatorial não se faz necessário.”
Em meio a crise econômica e sanitária, esse entrave entre um profissional da saúde e agentes públicos pode levantar mais uma instabilidade na Terra dos Monólitos.
Confira a nota