O Ministério da Cidadania anunciou hoje que o governo não conseguirá, por “fatores legais e orçamentários”, antecipar o pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial de R$ 600.
Em nota, a pasta explicou que, “pelo alto número de requerentes que ainda estão em análise”, está impedida legalmente de fazer a antecipação do benefício, prometida também pela Caixa Econômica Federal. A suspensão do pagamento foi recomendada pela Controladoria Geral da União (CGU).
“O governo Bolsonaro tem como marca a responsabilidade fiscal e o cumprimento de todas as normas legais”, garantiu, acrescentando que já solicitou ao Ministério da Economia uma suplementação orçamentária para conseguir pagar o auxílio ao restante dos beneficiários.
O Ministério da Cidadania disse ainda que o objetivo é garantir o pagamento a “todos os que forem elegíveis de acordo com a lei”. “Após a definição da suplementação orçamentária a ser feita pelo Ministério da Economia, iremos completar o atendimento da primeira parcela e anunciar o calendário de pagamento da segunda parcela”, prometeu.
Quem já recebeu e quem falta
Até esta quarta-feira (22), a Caixa já havia liberado mais de R$ 22 bilhões do auxílio emergencial para cerca de 31 milhões de brasileiros. Ao todo, foram registrados mais de 45 milhões de cadastros no aplicativo e no site oficiais.
Cerca de 32 milhões de cadastros realizados entre 7 a 10 de abril já foram processados. Outras 7 milhões de inscrições feitas entre 11 e 17 de abril começaram a ser analisadas nesta semana, com previsão de conclusão até a próxima sexta-feira (24).
O recurso disponível para cada uma das três parcelas do benefício, ainda segundo o Ministério da Cidadania, é de R$ 32,7 bilhões. Já foram transferidos pela Caixa R$ 31,3 bilhões (95,7%), e ainda serão avaliados cerca de 12 milhões de cadastros para a primeira parcela.
Conteúdo: Uol