Em Quixadá, morador deve desembolsar até R$160,00 reais a cada dois meses para desgotar fossa

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Sem acesso ao saneamento básico, restam poucas e exclusivas opções para os moradores. (Foto: Revista Central)

Região Central: Após fala polêmica em vídeo publicado na internet, onde o prefeito Ilário Marques sugere que saneamento básico é dever único e exclusivo da população, os populares mostram que, muito ao contrário do que disse o prefeito, não há como se responsabilizar por um serviço que não é fornecido pelo poder público.

Ao sugerir que moradores do entorno da avenida Pinheiro de Almeida são os responsáveis pelos buracos da avenida, o então gestor coloca toda a culpabilidade para cima daqueles cidadãos, muito além do que devia.

Logo, a população nada pode fazer se não há um plano de saneamento básico no município.

O Revista Central pesquisou e de acordo com moradores que vivem em bairros onde não há saneamento básico, para desgotar uma fossa séptica o quixadaense tem duas opções: por meio da Cagece, onde é cobrado o valor de R$150,00 reais à vista, ou através de uma empresa privada que oferece o serviço com o mesmo valor à vista ou parcelado com acréscimo, ficando por até R$160,00 reais.

Muitos dos que não têm acesso ao saneamento, são carentes e não podem se dar ao “luxo” de pagar este valor a cada dois meses, já que este é o período médio (segundo pessoas que utilizam o serviço) para que a fossa encha novamente.

Já a água servida, que em sua maioria escoa para as ruas e causa a danificação das vias, não tem outra alternativa. O morador se vê de mãos atadas, e o poder público, principal responsável por fornecer o serviço, não o faz.

O problema pode ir além das vias esburacadas, como enfatizou o prefeito, e afetar a qualidade de vida destes moradores. A problemática pode se tornar até mesmo questão de saúde pública.