A paixão de um torcedor pelo seu clube do coração não tem limites. E ninguém resiste mesmo a este grande amor. O sentimento do torcedor quixadaense Jurandir Ferreira é incontrolável pelo seu Ceará Sporting. Este clube para ele é como uma melodia de amor e lhe transmite muita alegria e até uma paz que suaviza o cotidiano de todos os dias. Não há dúvida, é o grande clube do seu coração.
É amor, é carinho exagerado e acreditem, o “Vovô” é sem dúvida, uma das grandes alegrias deste pacato e estimado cidadão. Fez do seu bar uma espécie de mini-museu onde pode-se curtir e conhecer um pouco da história deste querido time nordestino.
Nas paredes do conhecido “Bar do Ceará” podemos curtir imagens do alvinegro desde os anos 50 e, que chama atenção pela precisão de detalhes. Os habituais frequentadores e os curiosos visitantes realizam uma viagem no tempo e parecem que estão vendo o eterno ídolo Gildo marcando gols; lembram das defesas do incrível Aloísio Linhares, o chamado “Caravelli”.
É saudade e encantamento apreciar aquele time de 1958 formado de grandes craques como Alexandre, Damasceno, William, Carneiro e todo o time. E aquela imagem do time de 1963 com jóias da bola como Carlito, Charuto, Marco Aurélio, Mauro Calixto? Num lugar especial, a imagem daquele time do tetra e acontece aí uma coisa fantástica em algum momento, parte dos torcedores gritam o nome de Tiquinho, o herói do tetra. Para Jurandir e outros apaixonados, belas imagens.
Me expliquem caríssimos e pacientes leitores de minha despretensiosa coluna, até onde vai a paixão de uma pessoa por um time de futebol? Jurandir Pergentino Bezerra, ali da região de Vertente, é proprietário do “Bar Ceará” desde 1984 e este amor pelo time mais antigo do estado vem desde a adolescência quando escutava as narrações de Gomes Farias e os comentários do famoso comentarista e declarado torcedor do Vozão, o inesquecível Paulino Rocha. É aí que entro na conversa e digo que a mídia tem sim, o poder de influenciar os torcedores.
Jurandir lembrou que aquelas imagens penduradas na parede daquele espaço foram na maioria doadas pelos frequentadores e claro, loucos pelo Vozão. Mas, agora, por favor, muita atenção dos amigos que estão lendo estas mal traçadas linhas (é o novo!): O bom amigo Jurandir lembra que os torcedores do Fortaleza são muito bem recebidos, mas alerta que os torcedores do Ceará assistem o jogo num telão de luxo enquanto a torcida do rival acompanha o jogo naquela antiga “tv” de 14 polegadas onde dizem as más línguas, só se ver a bola. Muito legal, não é gente?
Essa aqui é demais e peço gentilmente um pouquinho de atenção por parte de vocês. É que, quando o vozão marca um gol o bar treme com a explosão de alegria de todos. Os mais apaixonados afirmam lembrar das arquibancadas do Castelão nas comemorações do gol do Tiquinho que deu o tetra ao Ceará. Não é coisa mesmo de torcedor que ama o clube até demais? Frequentadores daquele espaço como Marciano, gerente de farmácia; Jurandir, Everardo Sampaio, Wellington e todos afirmam que o ambiente é de muita paz, alegria e uma grande amizade se diz sempre presente.
Agora, prestem atenção a mais este detalhe: Só a gostosa feijoada preparada pelo Jurandir consegue unir os torcedores de Ceará e Fortaleza. É uma feijoada prá ninguém botar defeito, afirmam alvinegros e tricolores. Aí, a rivalidade vai pro espaço e toda a turma saboreia aquele prato saboroso que vem acompanhado de torresmo, couve, arroz branco e parece ter sido temperado com alho, cebola e bacon(coisa chique, meu Jesus amado!). É um golaço do Jurandir que recebe os aplausos dos amigos.
O conhecido “Bar do Ceará” se localiza na Rua Eudásio Barroso e é visitado por pessoas de toda a terra dos monólitos, de outras cidades e até de Fortaleza, em especial de torcedores do Vozão que querem conhecer mais de perto esta paixão de Jurandir pelo clube do coração.
Só tem algo neste mundo que Jurandir ama mais que o Ceará Sporting, com certeza, é a sua família que considera como a sua maior riqueza e o maior amor deste mundo. Mas, garante, é uma família preta e branca. Grande Jurandir, aquele abraço de toda equipe da “Revista Central!”
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Colunista