Abandonado pelos amigos, vereador Ivan Construções poderá propor delação se STJ negar Habeas Corpus

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Vereador Ivan Construção preso e sendo atendido em hospital (foto: arquivo/reprodução)

Região Central:  O presidente da Câmara Municipal de Quixadá, Francisco Ivan Benício de Sá-conhecido como “Ivan Construção”, afastado do cargo por determinação judicial, está preso desde 24 de abril de 2019, sente a ausência de apoio de seus amigos políticos.

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Durante esses três meses, “Ivan Construção” tem a certeza que seus aliados políticos não estão preocupados com a sua situação na penitenciária na cidade de Itaitinga. Sem formação acadêmica, ele não dispõe de cela especial e lá é um preso comum que veste roupas de presidiário, das cores laranja e branca.

Enquanto, “Ivan Construção” sente a dureza das regras do presidio, com péssima comida, seus aliados com quem dividia o suposto lucro da corrupção vivem em festas, camarotes, bebidas e restaurantes luxuosos.

Fontes disseram ao Revista Central que “Ivan Construção” já não aguenta mais a solidão e a vida na cadeia, inclusive com frequentes atendimento médico. O político aguarda o julgamento de um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça-STJ, que deve ser julgado em agosto e com quase certeza de não ser conhecido por um erro da defesa

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A justiça decretou o afastamento do cargo de presidente e de vereador por seis meses, em tese, “Ivan Construção” cumpriu a metade, mas a prisão preventiva não tem prazo, inclusive as investigações persistem o que dificilmente a justiça o retorne para o cargo.

De acordo com fontes, caso o STJ negue a soltura do vereador, a defesa teria a intenção de propor ao Ministério Público Estadual uma delação premiada, o que poderia abalar as estruturas de grandes políticos do município de Quixadá.

“Ivan Construção” esperava que seus amigos e parceiros dos supostos esquemas não lhe abandonassem tão cedo, razão de sua decepção. Até agora, apenas familiares tem realizado visitas na penitenciária.

Delação premiada, na legislação brasileira, é um benefício legal concedido a um réu em uma ação penal que aceite colaborar na investigação criminal ou entregar seus comparsas.