Região Central: O município de Quixadá tem a partir de agora uma área de reserva particular do patrimônio natural do estado. O assunto foi tema de reportagem do programa Nordeste Rural, da TV verdes Mares. A fazenda Fonseca fica após o bairro do Boto.
A segunda e recém-criada é a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPNs) é a Fazenda Fonseca – Irmã Heloísa e Maurício Holanda, possuindo 226,20 hectares e localizada em Quixadá.
A Associação Caatinga com o apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza garantiu que a segunda RPPN prevista para ser criada através do projeto ‘RPPN: Conservação Voluntária Gerando Serviços Ambientais’ tivesse seu processo concluído e portaria publicada. Promovido pela Associação Caatinga, o projeto tem como objetivo contribuir para a conservação no bioma Caatinga através do apoio à criação e fortalecimento das Unidades de Conservação privadas na Caatinga do Estado do Ceará. A ideia é criar, no mínimo, duas Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPNs) e prevê, ainda, a execução de importantes ações previstas no Plano de Manejo da Reserva Natural Serra das Almas, gerida pela Associação Caatinga.
Para Samuel Portela, coordenador técnico da Associação Caatinga, o próprio proprietário da fazenda quis que o local ficasse perpetuado como reserva ambiental e teve todo um procedimento de georreferenciamento. O cassarão da fazenda tem mais de 100 anos de história.
A ambientalista Letícia Menescal, conta de o seu avô que foi o dono da fazenda, era um fazendeiro visionário, deixava as árvores grandes para o sombreamento do gado durante o processo de estiagem. Na fazenda é proibido a caça de animais, “sentimentos a necessidade de preservar para as gerações futuras ter a noção de como vivia os sertanejos”, disse e acrescenta que a pesca só é permitida para o consumo. Até as cobras são recolhidas e colocadas nas locas das pedras.
Com a reserva não se pode derrubar as árvores a única ação é aumentar a preserva dela, mas isso já ocorre.
Uma das histórias da Fazenda Fonseca é que o bando de Lampião ficou por dias no local, inclusive teria colocado armadores nas pedras. A estrutura foi encontrada pelo avô de Letícia.
Para o coordenador da Associação Caatinga, Daniel Fernandes, essas áreas têm muita importância para o estado. “É de suma importância para que a gente possa preservar a nossa biodiversidade, para a manutenção da fauna e flora”.
Assista a reportagem completa da TV Verdes Mares