Uma professora foi morta a golpes de faca neste domingo (16) na cidade do Crato, Sul do Ceará. Segundo a Polícia Civil, o suspeito é o ex-companheiro da vítima, que tentou se matar após o crime.
Foi o segundo caso semelhante registrado em menos de um mês na cidade. No dia 19 de agosto, a professora Silvany Inácio de Souza de 25 anos, foi assassinada com um tiro pelo ex-companheiro no meio de uma praça do município.
Conforme a polícia, a educadora Cidcleide Bezerra Campos, de 44 anos, morta neste domingo, foi atingida pelo homem dentro de casa após uma discussão entre eles. Vizinhos do casal perceberam a briga e acionaram a polícia.
No entanto, quando os policiais militares chegaram ao local, já localizaram o corpo da vítima no chão da residência. O homem, identificado como Francisco Zilmário Figueireido, também estava no local com um ferimento à faca. A polícia disse que ele tentou cometer suicídio após a morte.
O homem foi socorrido a um hospital da região, onde segue internado. A arma do crime foi apreendida pela polícia.
Um inquérito policial foi instaurado na Delegacia de Defesa da Mulher do Crato. O autor do crime deve responder por feminicídio, de acordo com a polícia.
Contra o feminicídio
Após a morte da professora Silvany, a Câmara dos Vereadores de Crato aprovou um projeto para instituir o ensino dos princípios da Lei Maria da Penha nas escolas do município. O objetivo é debater temas e educar os estudantes sobre a violência doméstica e familiar contra a mulher. O projeto de lei recebeu o nome de ‘Lei Silvany’, em homenagem à professora.
A proposta deve colocar o ensino sobre a lei contra a violência familiar no currículo regular das escolas municipais. Serão desenvolvidos trabalhos, pesquisas e ações para debater o tema com os alunos. Os professores também devem receber uma formação específica para abordar o assunto.
Conteúdo: G1 CE