Os supermercados tomaram espaço dos pequenos comércios, principalmente em cidades grandes. Aqueles estabelecimentos que não se expandiram foram obrigados a fechar as portas, porque não sobreviveram a um processo de modernização, como é o caso das bodegas.
Em Quixeramobim, a tradição se mantém. Miguel Balbino, de 96 anos, cuida da bodega mais antiga da cidade. O local é aconchegante, simples e os bombons são vendidos ainda dentro de máquinas giratórias da década de 90.
Desde abertura do estabelecimento, há 72 anos, Seu Miguel guarda vários livros com dados dos clientes que compraram fiado e não pagaram a conta. “Ficou um bocado de fiado, eu não sabia ler, mas colocava 1,2,3,4 até chegar o fim”. Os nomes dos devedores eram cobrados através da rádio da cidade, mas Miguel garante que todos os devedores estão perdoados.
A bodega de Seu Miguel ainda existe, fica na Rua Benjamim Barroso, em Quixeramobim. O cliente encontra cereais, bombons, bebidas e miudezas de toda espécie, além de encontrar os amigos e jogar conversa fora.
Escute a entrevista de Gabriele Frutuoso e Reges Andrade – da Radio Jangadeiro
As informações são do site Tribuna do Ceará