Quixadá: Ilário Marques diz que decisão o afastou do cargo “será reparada o mais rápido possível”

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O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) – por meio da Procuradoria dos Crimes contra a Administração Pública (Procap), com auxílio do Núcleo de Investigação Criminal (Nuinc), do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), das Promotorias de Justiça de Quixadá – com apoio da Polícia Civil, deflagrou, na manhã desta quinta-feira (16), a operação “Fiel da Balança”, em que investiga um contrato relativo ao serviço de coleta de resíduos sólidos no município de Quixadá.

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos na sede da Prefeitura de Quixadá, em residências de agentes públicos e privados nas comarcas de Fortaleza e Quixadá, bem como na sede da empresa RPC Locações e Construções Eireli – EPP, representada pelo empresário Paulo César Mendonça de Holanda. Além disso, a Justiça determinou afastamento do prefeito, José Ilário Gonçalves Marques, e dos secretários municipais Ana Patrícia Cristina Martins (chefe de gabinete); Francisco Kildary Lobo de Carvalho (Secretário de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente) e José Humberto Torres (Controladoria do Município).

Em nota divulgada em rede social, Ilário Marques disse que “A ação do Ministério Público, se baseia na narrativa maldosa e irresponsável do Empresário Ernani Teles Castro Junior. Tenho convicção que é a mesma é improcedente, leviana e sem lastro probatório.”

Ainda conforme o prefeito, “A denúncia baseia-se só e tão somente em depoimentos do próprio empresário que me acusa, do qual tendo tido seus interesses particulares contrariados, criou uma fantasiosa história com ilações e conjecturas onde a mim imputou fatos absurdos e descabidos.”

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Por fim, acredito na Justiça. Por esse motivo estou tomando todas as medidas pertinentes ao caso e acredito com veemência que a decisão será reparada o mais rápido possível. Estou certo de que irei reassumir o mandato que me foi confiado pelo povo, através do voto, e que irei continuar no firme propósito de lutar sempre contra toda e qualquer injustiça, trabalhando em prol do progresso e do bem-estar do povo quixadaense.”, finaliza Marques.

Conforme a assessoria de imprensa do MPCE, além dessas medidas de afastamento, foi determinada pelo Poder Judiciário a quebra dos sigilos fiscal e bancário dos investigados. A decisão judicial monocrática foi prolatada em nível de segunda instância. De acordo com a investigação do MPCE, a prática fraudulenta consistia na adulteração dos documentos que atestavam quantidades superiores de entrada de resíduos sólidos no aterro sanitário. O processo tramita em segredo de Justiça.