630 famílias do entorno do açude Cedro serão expulsas e casas demolidas de forma arbitraria pelo DNOCS

Comunicado acusa clandestinidade das famílias  (foto: RC)

Região Central: A angustia e o desespero atingem 630 famílias que estão ameaçadas de ser expulsas e suas casas e estabelecimentos demolidos pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), autarquia do Governo Federal. Os moradores dizem que vão resistir por não terem outro local para morar e trabalhar.

A ordem arbitraria e ilegal foi assinada pelo Chefe da Unidade de Campo do Baixo Jaguaribe do DNOCS, José Audisio Girão Barreto e entregue as vítimas. O comunicado diz que a ocupação realizada pelas famílias em área à montante do Açude Público Cedro, de propriedade do DNOCS, encontra-se irregular / ilegal, assim deverá cada família desocupar a área no prazo de 30 dias, bem como, se houver benfeitorias, demolir e retirar o material do local, sob pena da Autarquia promover as medidas judiciais cabíveis.

De forma sorrateira, o comunicado diz que cada família não obteve qualquer autorização do DNOCS, para realizar tal ocupação ou mesmo realizar trabalhos e benfeitorias na referida área, estando assim em desacordo com portaria. Chama a atenção é que essa ação ocorre somente agora, enquanto muitos loteiros estão há mais de 30 anos.

Caso tenha ordem de desocupação judicial, o impacto para o município de Quixadá será incalculável e pode afetar a economia e depositar nas ruas crianças e idosos. O caso está sendo debatido entre as lideranças governamentais.