Fortaleza: A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) investiga o caso de um jovem universitário que aponta um grupo chamado “Carecas do Brasil” como responsável por agressões a ele. No momento da ação, a vítima relata que foi chamado de “viadinho” e “preto imundo”, além de ter sofrido um corte na orelha.
O POVO Online apurou que a Abin e o Departamento de Inteligência (DIP) investigam o caso e já realizam diligências para apurar o que aconteceu. A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) já havia divulgado nota informando que a Polícia Civil seria responsável pela investigação.
Ainda neste domingo, 21, o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) divulgou uma nota informando que vai apurar o caso.
Depoimento da vítima
“Me cercaram e começaram a me socar. Eu só tive a reação de proteger a minha cabeça e gritar por socorro. Levei um soco que rasgou de leve minha orelha e mais alguns que me fizeram cair”, relatou na rede social.
“Quando vi uma brecha, atravessei a avenida. Quase fui atropelado, perdi meu chinelo e meu boné”. “Enquanto eles me batiam, só ouvia algo relacionado a eu ser um viadinho e um preto imundo”, descreveu o estudante.
Ele afirma que chegou a denunciar a ação a policiais que estavam nas proximidades, que orientaram o jovem a ir a uma delegacia. “Nunca achei que iria passar por isso”, desabafou. “A dor do que eu ouvi enquanto apanhava continua aqui”.
Agressão contra os “carecas”
A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) se pronunciou sobre o ataque que aconteceu no último sábado, 20, contra um grupo de três integrantes do “Carecas do Brasil”, durante uma entrevista que era concedida ao O POVO Online, na Praça da Igreja Redonda, Parquelândia.
Confira a nota:
“A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDSCE) informa que a Polícia Militar do Estado do Ceará (PMCE) foi acionada na tarde de ontem (20), para atender a uma ocorrência de agressão física, ocorrida no bairro Parquelândia, Área Integrada de Segurança 06 (AIS 06). A vítima estava acompanhada de amigos, na avenida Jovita Feitosa, quando quatro homens chegaram ao local em duas motocicletas, e começaram a atirar pedras contra o grupo. Os militares realizaram o patrulhamento pela região. No entanto, ninguém com as características descritas pela vítima foi encontrado. A SSPDS informa ainda que todos os casos de violência registrados são devidamente apurados, e ressalta a importância de procurar a delegacia da área, para fazer o registro da ocorrência”.
Informações do O POVO Online