Conforme reportagem do site Ceará News 7, o presidenciável Ciro Gomes (PDT) foi enquadrado pelo presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, durante uma reunião a portas fechadas, em Fortaleza. Lupi cobrou do ex-ministro o apoio a um candidato pedetista ao Governo do Ceará, já que a sigla está bancando seu nome na disputa pela Presidência. Encurralado, Ciro teria aproveitado a oportunidade para dar uma rasteira no governador Camilo Santana (PT) e lançar o ex-governador Cid Gomes (PDT) ao Palácio da Abolição.
Ciro em Camilo pune o governador por sua aliança com o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB), desafeto do Ferreira Gomes, e aproveita a fragilidade momentânea da candidatura do petista devido à julgamento em segunda instância do caso do tríplex, marcado para fevereiro e que pode tirar o ex-presidente Lula das Eleições 2018. Recentemente, Camilo bateu o pé e afirmou que apoiará o ex-presidente ao Planalto em 2018, e não Ciro.
Cid ouviu calado o irmão atender mais uma exigência de Lupi e garantir uma das vagas ao Senado na chapa ao deputado federal André Figueiredo (PDT), que também participou da reunião. Nenhum dos presentes confirma o que ficou acertado no encontro, mas o governador Camilo Santana já foi informado e deve decidir se deixa o PT pelo PDT para tentar a reeleição com o apoio dos Ferreira Gomes, mesmo sob risco de ser escanteado no último momento, ou rompe com Cid e Ciro, mantém a aliança com Eunício e se lança como candidato petista ao Governo.
A história se repete
Diante da rasteira de Ciro, Camilo e Eunício correm o risco de se tornarem os novos José Guimarães e Domingos Filho de 2018. Em 2014, estava tudo certo para que o deputado federal José Guimarães (PT) fosse lançado ao Senado, e Domingos Filho ao Abolição. No entanto, no último momento, os dois foram escanteados as vagas no Senado e no Governo ficaram nas mãos do senador Tasso Jereissati (PSDB) e de Camilo, respectivamente.