O juiz Wildemberg Ferreira de Sousa, titular da Vara Única de Senador Pompeu, ouviu 13 testemunhas de defesa e uma de acusação e interrogou os três acusados do assassinato do policial civil Cláudio Nogueira naquele município, distante 275 km de Fortaleza. A sessão terminou às 2h da madrugada desta quinta-feira (09/11), tendo sido iniciada às 9h dessa quarta, dia 8.
O magistrado manteve as prisões de dois réus: Michele Fernandes Arruda (esposa da vítima e coautora intelectual do crime), recolhida em Itaitinga, e Jackson Alves Pinheiro (coautor e amante de Michele), que está encarcerado em Senador Pompeu. O motivo é a necessidade de “garantia da ordem pública, ante a gravidade concreta das condutas a eles imputadas”.
Com relação ao terceiro acusado, Tiago Soares Cunha (primo de Jackson), o juiz revogou a prisão preventiva, acatando parecer do Ministério Público do Ceará (MPCE), pela “fragilização dos indícios de sua participação no delito, ante a pouca clareza nos autos, atinente à identificação dos atiradores”, bem como por conta das condições pessoais dele, como primariedade e endereço fixo. Nesse caso, ele precisa cumprir medidas cautelares: não se ausentar da comarca onde mora por mais de oito dias sem autorização prévia do Judiciário, proibição de mudar de endereço residencial sem prévia comunicação e não manter contato com as testemunhas de acusação e familiares da vítima.
Após a audiência, o magistrado abriu prazo para as alegações finais. Também participaram o promotor de Justiça Geraldo Nunes Laprovítera Teixeira (representante do MPCE) e os advogados Natanael Alves de Oliveira (assistente de acusação), Antônio Teixeira de Oliveira, Reginaldo Patrício de Souza e Rodrigo Ferreira Gomes (defesa dos acusados). No dia 1º de junho deste ano, foram ouvidas oito testemunhas de acusação.
Conforme o processo (nº 47880-74.2016.8.06.0166), o policial civil foi morto a tiros na madrugada do dia 20 de agosto de 2016, sendo a viúva uma das acusadas pelo homicídio.