O escritor João Eudes Costa homenageia mais uma personalidade que marcou a memória de Quixadá. Vamos falar de José Jucá de Queirós Lima (28 de janeiro de 1851 — Quixadá, 20 de março de 1933), um homem com dignidade, trabalho, competência e responsabilidade escreveu bonitas páginas nossa história. Formou-se em direito aos 63 anos.
Um homem que gostava de ler, estudou no Seminário de Fortaleza e no Ginásio Cearense. Após regressar para Quixadá dedicou-se ao exercício de diversos cargos públicos. Entre estes foi agente do correio, coletor de rendas provinciais, delegado de polícia, promotor de justiça e vereador por vários mandatos. Diz o escritor João Eudes Costa, que José Jucá sempre trabalhou em benefício da terra dos Monólitos, inclusive, foi um dos responsáveis pelo maior benefício na sua história de Quixadá: a construção de açude Cedro. Conheça essa história completa assistindo a matéria na RC TV.
José Jucá também buscou construir escolas, recebendo inclusive o nome de uma escola que fica situada na Rua Epitácio Pessoa. Além disso, tem em Quixadá uma rua que leva seu nome. Para José Jucá a rua que lhe homenageia ainda seria muito importante, e realmente o é.
Foi presidente da Câmara de Vereadores por quatro vezes. Do período de emancipação até a década de 1930, não havia o cargo de prefeito. A administração municipal era exercida pelo presidente da Câmara Municipal e alguma vezes num colegiado de vereadores tendo o presidente à frente. O mandato do presidente era, em geral, de um ano. Deste modo José Jucá está inserido na lista de ex-prefeitos do município tendo assumido a presidência da Câmara Municipal em 1879, 1883, 1885 e 1890.
Foi um dos fundadores da Sociedade Libertadora Quixadaense, em 1º de janeiro 1883, entidade criada com o objetivo de promover a libertação dos escravos no município, onde fez parte da diretoria como secretário. A sociedade consegue atingir seus objetivos em 24 de maio do mesmo ano.
Quando exercia mandato de deputado provincial foi autor do projeto, depois convertido na lei provincial n.º 2.166 de 17 de agosto de 1889, que dava foros de cidade à vila de Quixadá. Bacharelou-se em direito em 1914, exercendo a magistratura em diversas comarcas do estado.