O lutador de MMA Rony Jason prestou depoimento na Delegacia da Mulher de Quixadá, no interior do Ceará, por suspeita de agredir a irmã, na saída de uma festa na semana passada. De acordo com a delegada responsável pelo caso, Janaína Siebra, as investigações sobre o caso continuam e informações relativas ao depoimento do lutador não podem ser reveladas.
“As testemunhas continuam sendo ouvidas, e o caso continua em andamento. Os depoimentos não podem ser antecipados para não atrapalhar as investigações”, diz.
O G1 tenta contato com o lutador desde a semana passada, mas as ligações e mensagens em redes sociais do atleta não são respondidas.
De acordo, Janaína Siebra, um vídeo compartilhado em redes sociais mostra o momento em que o lutador joga a irmã no chão, na saída da festa que ocorreu no hotel Vale das Pedras.
Lesão corporal
“Trata-se de uma lesão corporal dolosa [quando há intenção de cometer o crime], no âmbito da lei Maria da Penha, e a Polícia Civil de Quixadá está tomando as medidas cabíveis”. A delegada informou ao G1 que não poderia antecipar quais são as “medidas cabíveis”, para não atrapalhar a investigação.
“A gente analisou as imagens [do vídeo divulgado em rede social]. Foi uma lesão. O Ronny agrediu a irmã com socos e chutes, isso foi filmado”, detalha a delegada.
O vídeo mostra também que algumas pessoas seguraram o lutador para conter a agressão. Em outro momento, quando ela está caída, ele faz ameaças.
De acordo um policial militar, testemunhas relataram que o lutador estava embriagado no momento da agressão, mas a informação não é confirmada pela delegada à frente do caso.
A polícia também não informou se o atleta foi localizado, mas afirma que ele deve prestar depoimento “em breve” para apresentar a versão dele sobre o caso.
Sem boletim de ocorrência
Ainda de acordo com Janaína Siebra, a irmã do lutador Ronny Jason não prestou boletim de ocorrência sobre a agressão, o que não impede a investigação e indiciamento por se tratar da lei Maria da Penha.
“Nós tomamos conhecimento através das redes sociais e notificamos a vítima. Como se trata de uma ação pública, a investigação independe da vontade da vítima. Ela não procurou a delegacia, a delegacia que procurou a vítima para investigar o fato”, explica a delegada.
Ainda conforme a polícia de Quixadá, não há informações precisas sobre se a irmã procurou ou não uma unidade hospitalar após ser agredida ou sobre o estado de saúde dela.
Do portal G1 Ceará!