No dia 20 de agosto de 2016, o inspetor da Polícia Civil José Cláudio Nogueira, foi assassinado dentro de seu veículo quando seguia para a sua residência na localidade de Sítio Inharé. No automóvel estava ainda a sua esposa Michelle Fernandes Arruda (34), posteriormente, as investigações descobriram que ela teria encomendado o crime juntamente com o seu amante. O inspetor foi atingido por sete disparos de arma de fogo efetuados por dois homens em uma motocicleta, quando estava dormindo no banco do carona de seu carro, durante trajeto percorrido por ele e Michelle, que conduzia o automóvel.
Nesta semana, uma multidão aguardou a assassina intelectual na porta do Fórum de Justiça. Familiares do policial protestaram. Michelle Fernandes Arruda foi bastante vaiada pelas pessoas que estavam e chamada de assassina e vagabunda, dentre outros adjetivos.
Uma mulher que é parente da vítima grita chorando: “porque você fez isso com ele, sua miserável ruim, bandida ruim”. O clima foi tenso no dia 01 de junho, momento em que ocorreu audiência de instrução dos réus. Além de Michelle, estão presos e processados pelo homicídio Jackson Alves Pinheiro, Tiago Soares Cunha e Fabiano Souza do Nascimento.
O crime
Investigações realizadas pela Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), sobre a morte do inspetor de Polícia Civil José Cláudio Nogueira (51), levaram os investigadores a descobrirem que o crime foi articulado por sua própria esposa, mas ela não agiu sozinha. O plano de morte foi arquitetado por Michelle Fernandes Arruda (34) – que era esposa da vítima – e seu amante, Jackson Alves Pinheiro (32), conhecido como “Jackson Vandim”. Eles se conheceram por meio de redes sociais em maio deste ano (2016). Após conversas iniciaram um relacionamento amoroso e, em três meses arquitetaram e executaram o plano para tirar a vida do inspetor.
A mulher não demonstrou preocupação ao ver o marido baleado e preferiu não acompanhá-lo até o hospital. Quando Michelle foi perguntada se iria com ele para o hospital, ela disse que preferia ir tomar banho, relatando também que a mulher confessou o crime em depoimento.
Veja detalhes:
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Mas o comportamento suspeito da viúva não para por aí. Logo após a morte do marido, ela deu início à venda dos pertences dele. José Cláudio era proprietário de algumas terras e de várias criações de gado e ovelha, além de alguns veículos. Entre as posses do agente de segurança, que foram comercializadas pela mulher, estão cabeças de gado avaliadas em torno de R$ 60 mil. Contudo, o interesse da suspeita e de seu amante na morte do inspetor não se limitava em negociar suas propriedades. Ela receberia um valor equacionado em R$ 175 mil. O montante, que estava prestes a ser liberado, seria disposto pela Câmara Municipal de Quixeramobim, onde a vítima havia exercido a função de vereador. Inclusive, Cláudio havia se candidatado para o pleito de 2016, para o mesmo cargo.
Levantamentos policiais indicam que o homicídio foi encomendado por R$ 25 mil para os outros dois presos, os executores: Tiago Soares Cunha (26) e Fabiano Souza do Nascimento (30), conhecido como “Argentina”. Logo após o crime, Jackson e Tiago adquiriram veículos novos e Michele passou dois cheques no valor de R$ 38 mil, oriundos da venda dos pertences da vítima, para o amante – o que também chamou a atenção da Polícia.
Os quatro presos, que possuíam mandados de prisão preventiva por homicídio triplamente qualificado por paga ou promessa de recompensa, impossibilidade de defesa da vítima e por ser homicídio contra agente de segurança pública, foram encaminhados para a Delegacia Municipal de Solonópole. Com exceção de Fabiano, que responde por porte de arma de fogo, roubo e homicídio, os demais não possuíam antecedentes criminais.