No dia 27 de fevereiro, no município de Ibicuitinga, na região Central do Ceará, um crime bárbaro aconteceu na localidade de Lagoinha. A vítima foi Haroldo Cabral foi assassinado com mais de 50 tiros, dois criminosos foram os autores. Passados quase três meses, ninguém ainda foi preso.
A viúva Maria Barreto usou as suas redes sociais para fazer um desabafo sobre a impunidade. “Esta fazendo dois meses e 11 dias que meu esposo, foi brutalmente assassinado na cidade de Ibicuitinga. Estou completamente aturdida, abalada, arrasada, destruída. Não sei como suportar tanta dor, tanta saudade. Só Deus para ter misericórdia de mim”.
Para ela, uma família destruída e que jamais vai esquecer. “Sorrir, difícil demais. Perdi tudo que eu tinha de mais precioso”, cita bastante abalada.
Maria Barreto defende o esposo e diz que ele foi vítima de calunias que alguém teria postado em uma rede social no dia do assassinado. “Sobre a pessoa de Aroldo Cabral, antes de qualquer interpretação errônea que possa ocorrer; quero que essa pessoa saiba de umas coisas: Aroldo Cabral, era casado com uma grande mulher (correta e exemplar que jamais comungaria com atos delituosos). Tínhamos um projeto de vida e vivíamos muito bem e felizes. Quero que fique bem claro: Aroldo Cabral, era um trabalhador, nunca teve envolvimentos com quadrilhas e não teve participação alguma nas mortes dos policiais em Jaguaretama”, defende.
Acrescenta ainda: “Não participou de nenhuma reunião para praticas de crimes. Jamais foi intimado a comparecer na Delegacia de Policia para prestar algum esclarecimento. Respondia pelo erro que cometeu em regime semiaberto. Ninguém pode ser difamado, suspeito ou acusado de fatos delituosos, só porque frequentava estabelecimentos de parentes suspeitos ou acusados de atos delituosos. Aroldo visitava seus parentes, porque eram amigos e tinha suas razões”.
Quem aqui em Quixadá, não conhecia a “historia de vida de Aroldo Cabral? Um cidadão trabalhador, que foi traído dentro de sua própria casa por uma pessoa que comia no seu próprio prato e que se fingia ser o seu melhor amigo)”, indaga. Cita ainda que este fato este, que o levou a praticar um crime por violenta emoção.
“Quero ate pedi desculpas à família de meu esposo, em especial a Dacy por estar fazendo esse triste relato. Mas quando ocorreu este fato (03/01/1997), a família da vitima, prometeu se vingar e os Veridianos, tomaram as partes. Aroldo, era muito grato a esses parentes e se relacionava muito bem com eles. As vezes, eu questionava sobre esse assunto. Mas ele era muito convincente em dizer: ” Minha Vèia ( como me chamava carinhosamente ), só tenho eles por mim, ainda estou vivo, por causa deles. Sem eles, sou um homem morto.” Você sabe disso. Afirmava segundo a autora deste desabafo.
Maria Barreto apela ao delegado responsável que faça uma investigação minuciosa para que este crime seja esclarecido e que os verdadeiros culpados sejam punidos, afinal, foi crime bárbaro de grande comoção e repercussão no estado.
Veja detalhes do crime: Homem é assassinado com mais de 50 tiros na zona rural do município de Ibicuitinga
Veja outra parte do texto enviado ao portal Revista Central
Quero também que fique bem claro: Não me casei com um bandido. Casei com um homem destemido que havia cometido erros dentro de suas razões em momentos de desespero e fraqueza. Mas Deus, restaurou a sua vida. Colocou em seu caminho uma mulher honesta e digna de ser a sua legitima esposa (eu) que lhe mostrou o caminho correto e lhe transformou em um novo Homem. Uma pessoa com o coração voltado para Deus. Sua família tinha muito orgulho da pessoa que ele era. O Aroldo Cabral era uma pessoa de bem. Um excelente esposo, um bom dono de casa, um pai Especial. Ia sempre à Igreja, era pacato, reservado e também tinha boas amizades. Era um homem de grandes virtudes. Meu esposo, estava vivendo os melhores momentos de sua vida. Tinha uma esposa maravilhosa, uma filha linda, “um presente de Deus” e tinha um objetivo: Crescer na vida. Pois, eu havia lhe dado condições para isso. Estávamos fechando um negocio, íamos trocar o carro, botar um comércio e ele estava muito feliz. O que tínhamos era fruto de uma herança deixada pelo meu inesquecível pai.
As pessoas mais próximas que nos conhecem, são testemunhas e conhecedoras disto. Sou uma pessoa de boa índole e não tenho por que me eximir da verdade. Não estou aqui querendo santifica-lo, cometeu erros no passado, cometeu. E reconhecer do erro e pedir perdão, não é vergonhoso é um ato de quem reconhece que é humano e sujeito a falhas. Mas mudou. Graças a Deus. Tenho orgulho em dizer: Aroldo Cabral, era um homem de pensamentos diferenciados. Era um homem de bem, uma pessoa compromissada, só vivia para família. Eu tinha muito orgulho de meu esposo.
Minha vida estar vazia sem você. Que falta você me faz. Te amo. Mesmo sentindo tanta dor, tanta saudade, não desejo mau algum para aqueles que fizeram essa maldade, essa covardia, essa crueldade. Só peço misericórdia. Ainda acredito em Deus e na Justiça. Estou caída ao chão. Mas nada é impossível quando ele é o nosso socorro.