Temos dele perfeitas recordações. Nele encontrávamos a noção de um grande amor ao trabalho e senso de família, correção no proceder e alegria de viver, especialmente junto aos familiares e aos incontáveis amigos. Pode-se afirmar com convicção que Oscar Barbosa da Silva(nascido em 30.08.1919) foi um ser apaixonado pelo trabalho e segundo pessoas próximas a ele e que o conheceram ainda na adolescência garantem que sempre gostou de ajudar o pai Antônio Fernando Barbosa nas lides campesinas no distrito de Riacho Verde.
Sua mãe, a bondosa Ernestina, sempre lembrava para que ele se dedicasse mais em aprender as coisas que os professores ensinavam, mas o rapazinho gostava mesmo era de dar duro, se dedicar ao trabalho. Sempre esforçado, ao vir morar na cidade foi conquistando seu espaço e instalou um ponto comercial no mercado público, ali permanecendo por exatos 30 anos. Sempre lembrava que o homem foi criado para trabalhar e por isso mesmo convocou os filhos para ajudá-lo no comércio.
Com grande facilidade de fazer amigos convivia harmoniosamente com os outros colegas do velho mercado como Luquinha, Amadeu, João do Peixe, Baldluíno, Antônio Azevedo, Fransquinho, Luis Macena, Luciano, Lineu, Pedro da Inácia e com todos os outros. Aquele ditado que diz Deus ajudar a quem cedo madruga funcionou mesmo com nosso amigo Oscar, pois já na madrugada, começava a executar as tarefas do dia. Como resultado de tanto esforço conseguiu instalar uma pequena indústria de doce que em pouco tempo, conquistou a preferência de comerciantes e consumidores. Por muitos anos, nosso amigo Oscar abasteceu a terra dos monólitos e algumas cidades vizinhas. Através do trabalho honesto, de uma enorme dedicação ao que fazia, por fim, organizou a sua vida financeira. Com certeza, ao lado de um grande homem também haverá uma grande mulher. Não há como negar que a felicidade só é completa quando se encontra um grande amor e foi então que Deus presenteou Oscar com um verdadeiro anjo da guarda, uma rainha na expressão da palavra. Certamente, Maria Cândida Ferreira Barbosa veio preencher os dias deste bom homem.
Oscar e Cândida escreveram uma das mais belas histórias de amor que tivemos o privilégio de acompanhar durante algum tempo. Depois de algum tempo de namoro(namoro à moda antiga e com suspiros ao luar), casaram-se e deste enlace matrimonial nasceram os filhos: Antônio Fernando, Maria Glória, Hermúzia, Wanderley, Romualdo, Francisco Ferreira Neto e Oscar.
Quando a fábrica de doce encerrou suas atividades, passou então a cultivar frutas no sítio Glória, onde também criava alguns animais.
Segundo o consagrado radialista Wanderley Barbosa, ao lermos o livro da vida de Oscar veremos que na sua simplicidade ele conquistou seu espaço sempre dando exemplos de retidão de caráter, honestidade, um imenso amor à família, aos amigos e uma sempre presente vontade de trabalhar. De acordo com a professora Hermúzia, seu querido pai foi um modelo para todos os filhos e netos que nele devem se espelhar para conquistarem seus espaços na vida, mediante o trabalho honesto, a dedicação e o respeito às determinações de Deus e serem amáveis para com todas as pessoas.
No dia 25.11.1994, os braços do Senhor Deus abriram-se para receber nosso querido amigo Oscar. Com certeza, os anjos fizeram soar suas trombetas e todas as vozes celestiais disseram amém. Com muito alegria aceitamos tua chegada e com grande tristeza assistimos tua partida! Mas você, que foi bom pai e amigo sincero, não será esquecido por nós! Como bem descreveu o historiador João Eudes Costa no seu aclamado livro “Ruas que Contam a História de Quixadá”, Oscar Barbosa viveu de seu trabalho, foi pai de família exemplar, bom esposo e um quixadaense de conduta isenta de qualquer restrição.
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