A crise nacional motivada pela carência de clientes locais, ainda não foi suficiente para baixar os preços.
Uma cidade marcada por loteamentos, alguns até dentro de rios, lagoas, com uma simples chuva já deve causar enormes estragos. O cliente, as vezes pela paixão desesperadora de ter um imóvel próprio não consegue perceber onde está comprando o seu terreno.
Um exemplo clássico é o rio Sitiá, praticamente inexistente com vários loteamentos do açude Cedro até a rodovia que liga a cidade de Ibicuitinga. Se em 2017, o período chuvoso for como as expectativas estão sendo projetadas, alguns donos de terrenos vão ter que soterrar ainda mais o rio.
Enquanto esses loteamentos buscam, estrutura para não alagamento, a outra parte da cidade deve sofrer as consequências.
O que mais chama a atenção é justamente a facilidade de como obter licenciamentos para soterrar um rio tão importante como o Sitiá. A Prefeitura Municipal de Quixadá sem qualquer estudo técnico de engenharia não quer saber dos impactos negativos, visa sempre arrecadar.
É provável que a felicidade da casa proporia de hoje, seja o tormento de amanhã com esses lotes a beira de rio.
Os elevados preços e a grande quantidade de pessoas que já adquiriam lotes e construíram as suas casas, já é percebível. Se antes um corretor vendia vários lotes ou casas, hoje, a situação é preocupante. Muitos corretores passam de semanas sem negociar um pedaço de chão.
Propaganda enganosa
A crise nacional motivada pela carência de clientes locais, ainda não foi suficiente para baixar os preços. Muitos loteamentos investem pesados em propaganda com imagens fantasiosas de locais inexistentes.
Sempre com áreas verdes, um local de felicidade e de paz, ou seja, tudo lindo, mas quando o cliente chega, se deparara com um ambiente parecido com uma lagoa sem água.
Outro marketing usado é do estoque acabando, em busca de induzir o consumidor a comprar imediatamente ou perder aquilo que eles chamam de “oportunidade”. Alguns chegam ao absurdo, poucos dias do lançamento já diz que restam poucas quantidades, mas passam meses em busca de atingir 50% das vendas.
Com tantos espaços e opções, o cliente que já está em falta, tem que saber negociar, é preciso baixar os preços.
Uma das opções é não comprar lotes nos próximos meses, pois, os bancos sempre baixam os tarifas após março de cada ano. Assim, a única alternativa será reduzir os valores.
Em Quixadá, qualquer terreno de entre 5 x 30 m² é superior a R$ 35.000,00 mil reais. Casas de R$ 500.000 mil, e pasmem, distante de tudo. Alguns empresários parecem que estão vendendo é na Aldeota, em Fortaleza.
Empresários compram lotes
Um empresário confessou que comprou lotes em quase todos os loteamentos na cidade de Quixadá, agora, após construir casas e apartamentos está sentindo na pele a falta de clientes. “Tenho casas prontas há seis meses”. Ele e muitos outros foram os principais clientes dos donos de loteamentos, devido à crise, a alternativa encontrada parar de investir em novas aquisições.