É preciso a Prefeitura de Quixadá fazer tombamento dos restantes dos prédios e indenizar os seus proprietários, evitando assim, casos dessa natureza.
A cada dia, a história de Quixadá está se apagando pelo crescimento imobiliário, patrocinado sempre pelos empresários que só querem saber do lucro. Neste domingo, 23, quem passou pela Rua Epitácio pessoa, bem em frente à Praça da Estação percebeu uma interdição, era justamente para iniciar o processo de demolição do antigo “Hotel Viana”. O prédio possui mais de 100 anos.
De acordo com o blog da “Retalhos de Quixadá”, assinado pela Sra. Ângela Borges, esposa do respeitável escritório João Eudes Costa, o seu primeiro nome foi “Hotel Viana”. Nesse local, houve um fato político bastante conhecido, quando rebeldes colocaram uma faixa em 1912, em apoio ao Tenente-Coronel Marcos Franco Rabelo à Presidente Constitucional do Ceará (Governador), inimigo do presidente da república Marechal Hermes da Fonseca, este iniciou uma covarde hostilidade ao chefe do executivo cearense, através de um macabro plano para conturbar a vida política do Ceará.
Nesse prédio, na época denominado “Hotel Viana” foi colocado uma faixa: ” Franco Rabelo até a morte” , como forma de demonstrar a insatisfação dos quixadaenses e também para mostrar aos que passavam no trem, principal meio de transporte na época, a decisão de não se curvar diante de um governo que acobertava bandidos e saqueadores.
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Nos meados de 1930 o hotel passou a ser denominado “Nossa Senhora de Fátima” e continuou sob essa denominação enquanto funcionou. Não se sabe ao certo quando encerou suas atividades, mas lá, há muito tempo, residia uma senhora chamada Júlia.
“O prédio é um dos poucos patrimônios históricos que não foram destruídos pela sanha do homem, mas está entregue ao abandono, visto que a pessoa que lá reside, não tem condições de cuidar dele como deveria , pois não é sua proprietária”, escreveu Ângela Borges em seu blog, em 2013.
É preciso a Prefeitura de Quixadá fazer tombamento dos restantes dos prédios e indenizar os seus proprietários, evitando assim, casos dessa natureza. É importante frisar que os proprietários não estão praticando ilegalidade.