Em plena campanha eleitoral, retirar um benéficio da população pode ser um tiro no pé de qualquer candidato.
O clima eleitoral não pode prejudicar uma população que sofre as mazelas da seca, especialmente, quando a região Central do Ceará passa pela pior crise hídrica de sua história. Um poço profundo é a única opção para minimizar o sofrimento de um povo interiorano.
Consta no site do TSE, que um eleitor requereu tutela de urgência, junto a Justiça Eleitoral, sob o argumento de que o prefeito Weliton Xavier Queiroz –Cí, divulgou nas redes sociais o envio de duas máquinas para perfurar poços no Município de Quixadá, e também a liberação de asfalto, pelo Governo do Estado, para o Município.
Também estaria sendo divulgado que o deputado estadual Osmar Baquit, partidário do candidato Ilário Marques teria tido a iniciativa de tais obras públicas.
Em sua decisão, a juíza Dra. Ana Cláudia Gomes de Melo Oliveira, assim fundamentou: “no caso em apreço, recolher as máquinas que estaria realizando serviço público de perfuração de poços, é medida extremamente onerosa para a população beneficiada com os poços, principalmente por estarmos em uma região extremamente seca do mundo, onde a perfuração de poços é uma alternativa a falta de água potável.”
Entendo que o recolhimento das máquinas não atende ao objeto da demanda, a retirada do ar da matéria e fotografia é medida mais salutar, do que a paralização de um serviço que atende à coletividade, pontou a juíza.
Ainda em sua sentença, a juíza destacou: “não resta, por outro lado, configurado de plano, o abuso do poder econômico ou político, a justificar a suspensão da perfuração de poços.”
Em plena campanha eleitoral, retirar um benéficio da população pode ser um tiro no pé de qualquer candidato, especialmente, voltado para o combate à seca.