A assessoria defende através de nota, que Expedito entregou a relação de todos os bens e ativos ao MPF.
Expedito Machado, filho do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, investiu 21 milhões de libras (R$ 90.26 milhões) em negócio imobiliários em Londres, entre 2014 e 2015. A informação foi publicada nesta quinta-feira (28), pelo jornal inglês The Guardian.
A verba para a compra dos imóveis – edifícios de escritórios da City londrina, na Fleet Street, rua central de Londres, um apartamento em Mayfair e um terreno ao do canal da zona portuária de Leeds – foi adquirida através dos desvios do pai à frente da Transpetro.
Em delação premiada, Expedito confirma ter auxialiado o pai a utilizar o cargo no comando da Transpetro para coletar de empreiteiros. Entre 2007 e 2012, a família depositou, em conta do HSBC, R$ 72 milhões. Em 2013, o dinheiro foi transferido para fundos de investimentos, no banco suíço Julius Baer.
Imóveis
Entre 2014 e 2015, Expedito passou a transformar os “ativos” em propiedades, investimentos em imóveis pela Europa através de trustes. Os imóveis de Expedito estão em nome de empresas de fachada: GTD Properties Limited, CDP Properties Limited, que pertence à The Noronha Trust; PDB Properties Limited, que pertence a The Boldro Trust.
Defesa
A assessoria defende através de nota, que Expedito entregou a relação de todos os bens e ativos ao Ministério Público Federal, incluindo todas as companhias imobiliárias citadas na matéria do The Guardian. Confira a nota na íntegra.
“Na ocasião de sua colaboração, Expedito Machado Neto entregou ao Ministério Público Federal a relação de todos os seus bens e ativos, incluindo todas as companhias imobiliárias citadas na matéria do The Guardian. Todos os esclarecimentos foram prestados ao Ministério Público Federal e ao Poder Judiciário. Ainda conforme a própria matéria, Expedito tinha uma vida empresarial independente e, em 2012, alienou o seu sistema de ensino com mais de 50 mil alunos e 200 escolas a uma importante empresa do setor.
A publicidade dos sigilos fiscal e bancário de Expedito é ilegal e inconstitucional, devendo-se ressaltar que o levantamento do sigilo dos autos foi determinado relativamente à informações de interesse público, a saber, aos depoimentos prestados, às gravações apresentadas e aos pedidos de prisão formulados.”
Maurício Moreira
Com informações do The Guardian