De acordo com Heitor Férrer, o hospital foi inaugurado em 2014, e com um ano e meio de gestão de Camilo segue sem atender pacientes.
O deputado Heitor Férrer (PSB) apontou, durante o primeiro expediente da sessão plenária desta quarta-feira (13/07), o que considera uma inversão de prioridade nos investimentos do Governo do Estado. Segundo o parlamentar, o governador Camilo Santana justifica o não funcionamento do Hospital Regional do Sertão Central, no município de Quixeramobim, pela falta de recursos para operar a unidade, enquanto são liberados R$ 86 milhões para a pavimentação asfáltica em municípios cearenses.
De acordo com Heitor Férrer, o Hospital de Quixeramobim foi entregue e inaugurado em 2014, ainda no governo de Cid Gomes, e com um ano e meio de gestão de Camilo Santana segue sem atender pacientes. O socialista relatou que o governador foi a Brasília se encontrar com a então presidente Dilma Rousseff, voltando com a promessa de que o Governo Federal liberaria R$ 36 milhões para o investimento em hospitais de média e alta complexidade no Ceará.
“O governador anunciou que estes recursos seriam destinados ao Hospital de Quixeramobim, que, finalmente, abriria suas portas para atender à população, mas, com a mudança de presidência e a chegada do Michel Temer, este repasse ainda não aconteceu. Desta forma, um equipamento que custou quase R$ 140 milhões e que prestaria um relevante serviço à sociedade cearense segue com suas portas cerradas”, assinalou o deputado.
Heitor Férrer lamentou que o Governo alegue ausência de recursos para o Hospital de Quixeramobim, mas libere milhões para o asfaltamento de ruas no interior do Estado.“Além de representar uma inversão de prioridades, trata-se de um investimento tosco, enviesado e antiecológico, porque o asfalto não é uma boa política ecológica, não representa sinal de desenvolvimento”, apontou o parlamentar.
Em aparte, o líder do Governo na Casa, deputado Evandro Leitão (PDT), esclareceu que a dificuldade em conseguir recursos para o Hospital de Quixeramobim não passa pela inversão de prioridades. “O que existe são investimentos carimbados, ou seja, empréstimos oriundos de instituições financeiras internacionais que são destinados para segmentos específicos, como infraestrutura, saúde, assistência social, educação, dentre outros. Foram estes os recursos destinados à pavimentação asfáltica, não tem nenhuma relação com os investimentos do Hospital de Quixeramobim”, destacou.
Também em aparte, o deputado Danniel Oliveira (PMDB) questionou a a explicação do líder do Governo. “É estranho que esse dinheiro carimbado venha diretamente para o asfaltamento de ruas, quando poderia vir para a operacionalização do Hospital de Quixeramobim”, comentou.