A visitação nas CPPLs II, III e IV, foi suspensa neste domingo, 22, e a situação permanece instável. Dois corpos achados no sábado ainda precisam ser identificados
A Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado (Sejus) confirmou a morte de cinco detentos em rebeliões nos presídios cearenses durante o sábado, 21 e domingo, 22. Os nomes dos mortos neste domingo foram divulgados, mas ainda será necessário exame de DNA para identificar outros dois corpos achados no sábado.
As duas primeiros mortes foram registradas na Casa de Privação Professor José Jucá Neto (CPPL III), no sábado, 21. A Perícia Forense ainda fará a identificação das vítimas.
Três detentos morreram na manhã deste domingo, 22, durante rebelião na Unidade Prisional Desembargador Francisco Adalberto Barros de Oliveira Leal, conhecida como “Carrapicho”, em Caucaia. A Sejus diz que as mortes foram em decorrência de conflitos entres os próprios detentos.
Os presos mortos nesta manhã, em Caucaia, são: Roberto Bruno Agostinho da Silva, 23 anos, que respondia por homicídio; Rian Pereira Paz, 33 anos, que respondia por tráfico de drogas; e Daniel de Sousa Oliveira, 22 anos, que respondia por homicídio e latrocínio (roubo seguido de morte).
A visitação nas CPPLs II, III e IV, foi suspensa neste domingo, 22, e a situação permanece instável. A secretaria de Justiça explicou que não houve novos conflitos, mas o Sindicato dos Agentes e Servidores Públicos do Sistema Penitenciário (Sindasp-CE) relata rebeliões nessas unidades.
No Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa, Penitenciária Francisco Hélio Viana e no Instituto Penal Professor Olavo Oliveira II (IPPOO II), os presos receberam visitas normalmente.
O Ministério Público Estadual (MPCE) informou que eram ao menos quatro mortos, enquanto fontes da Perícia Forense falavam em oito.
Greve dos agentes penitenciários
Uma série de rebeliões e confrontos foram registrados nas unidades prisionais cearenses, no último sábado, 21, durante a greve dos agentes prisionais.
A paralisação dos agentes começou à meia-noite de sábado e durou até o fim da tarde, quando foi feito acordo com o Governo do Estado.
Os familiares de detentos foram impedidos de entrar nas unidades no horário de visitas, o que desencadeou protestos na BR-116, com queima de pneus. A proibição de visitas fez com que os presos quebrassem celas e incendiassem colchões nas CPPLs I, II e IV.
À espera de notícias, familiares fizeram uma aglomeração na frente do Complexo Penitenciário de Itaitinga. Algumas pessoas choraram, passaram mal e fizeram correntes de oração. Pelo menos três rabecões foram ao local.
Com informações do O Povo Online