Esposo da autora da publicação pejorativa, ainda quer se passar por vítima e, alerta sobre processo ao serem expostos.
As marcas do preconceito contra uma mulher de 36 anos, que é portadora de síndrome de down, residente na cidade de Quixeramobim, na região Central do Ceará, foram visualizadas por milhares de pessoas nas redes sociais. A autora da publicação deletou o seu perfil no facebook, mas insuficiente para apagar a sua identidade.
De acordo com a cabeleireira Rose Brasil, irmã da vítima, quem fez a publicação trata-se de Patrícia Nogueira, bastante conhecida em Quixeramobim por postagens polêmicas nas redes sociais.
Além da síndrome de down, a vítima sofre ainda de epilepsia, e tem um problema no rosto, sendo estas as causas de comentários maldosos e preconceituosos. Risos e comentários contra a dignidade foram feitos, pelo mero fato da mulher ter esse problema no rosto.
De acordo com Rose Brasil, o delegado Salviano de Pádua, titular da Delegacia de Polícia Civil de Quixeramobim, já instaurou um inquérito para apurar o crime, e posteriormente indiciar a autora da publicação, bem como os usuários que fizeram comentários criminosos. A polícia também vai apurar as ameaças que a família da vítima está sofrendo.
O portal Revista Central teve acessos a novos áudios de Paulo Nogueira, esposo da Patrícia Nogueira. Ele parece que não está com qualquer remorso dos atos vergonhosos e condenáveis por toda a sociedade de bem. Em um desses áudios, ele diz que as imagens foram montadas para prejudicar a sua esposa, e pasme, ainda faz ameaças: “isso a gente vai levar pra cima, pra frente” e ainda quer ajuizar um processo por está sendo exposto.
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Ainda conforme Paulo Nogueira: “… a galera está metendo pau em mim, e em sua esposa, com razão, mas a maior parte sem razão”. Ele alega que, outra pessoa foi à criadora da imagem, porém, pensava que a mulher não seria de Quixeramobim. “Ela[esposa] não fazia a menor ideia de que a mulher fosse daqui[Quixeramobim]”. É fácil entender o pensamento desse homem, se a vítima fosse de outra cidade, eles jamais seriam punidos.
Para ele, “agente está servindo como bode expiatório”, e ainda tem a ousadia de alegar que não tinha a menor ideia do que se trava. Esse argumento é injustificável e inaceitável, uma vez, que a autora da publicação sabia que se tratava de uma pessoa, portando merecia ser tratada com respeito.
“Tão tentando ir lá no meu trabalho, fazer eu perder o trabalho. Estão me esculachando, expondo a minha imagem, sabendo do que se trata estão fazendo o diabo comigo e com a minha esposa”, e continua: “isso sim dá processo”. Expor uma pessoa com deficiência e de forma pejorativa é que é crime.
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