Na atualidade, voltou novamente a cantar, acompanhado do seu eterno companheiro de estrada, Evandro dos teclados.
Quando criança, Mauro Junior Oliveira (verdadeiro nome de Juninho Quixadá) chamava a atenção de professores e alunos ao cantar nas festividades das escolas em que estudou. Nas festas de aniversários, batizados e até casamentos que aconteciam no bairro do Boto. O garoto era convidado para se apresentar. Nunca esqueceu o dia em que, cantando na casa de uma amiguinha, o músico Dudu Viana se aproximou e falou: “Menino, como você canta bem!”
Adorava cantar, mas o pai José Mauro de Oliveira, o alertava: “Meu filho, é melhor estudar, cantar só deu certo mesmo para Nelson Gonçalves e eu quero você doutor!”. O radialista Julio Cesar que organizava shows em praças da Terra dos Monólitos e também apresentava programas no rádio, com o objetivo de descobrir novos talentos, convidou o talentoso adolescente para participar de um concurso que escolheria o melhor cantor. Não deu outra. Mauro Junior, disputando com 21 candidatos foi o grande vencedor.
Uma casa noturna, comandada pelo Walker, promovia o evento “Buchada Show” aonde se apresentavam os novos talentos lhe abriu caminhos. Como uma grande chance ainda não tinha surgido resolveu estudar na banda de música e recebeu todo apoio do Maestro Marquinhos, que se tornaria um professor e grande amigo. Mas o jovem precisava trabalhar para ajudar nas despesas de sua família e teve que ir a Fortaleza, aonde conseguiu algumas pequenas ocupações.
Frequentando a noite da capital com colegas de trabalho, teve a oportunidade de mostrar sua voz de veludo. Num frequentado restaurante, o seresteiro não teve como atender o pedido de uma canção de Márcio Greick e aí, por indicação da amiga Rita, ele cantou “Impossível Acreditar que Perdi Você” e foi bastante aplaudido. Realizou apresentações em programas de calouros da “TV”, sempre ocupando os primeiros lugares.
Era meados dos anos 80, Juninho não teve como se manter em Fortaleza e retornou a Quixadá. Na terra dos monólitos, encontrou apoio do conhecido seresteiro Chicão, então uma das atrações na já bem movimentadas noites quixadaenses. Chicão, sempre dava oportunidades ao Juninho, ajudando-o a se tornar mais conhecido do público. Mas o grande incentivador de sua carreira foi o popular músico Evandro dos teclados. Este foi o que verdadeiramente abriu as portas para o futuro astro de nossas serestas.
Passou a dividir o palco com Gilmário e Aduílio. Teve passagens por bandas de forró e durante algum tempo, era o principal vocalista da banda formada pelo Alci que mantinha um clube no Combate. Fez parte do aplaudido grupo “Trópico Musical”, formado por Átila Costa, Ricardinho; Marcos Costa; Leandro. Por problemas financeiros, o grupo encerrou suas atividades, porém, Juninho recebeu convite para se apresentar ao lado, do hoje consagrado, sanfoneiro Chico Justino que lhe passou várias lições que lhe foram úteis por toda a vida.
Depois desta fértil experiência, formou-se ao lado do tecladista Aprígio, uma das duplas mais bem sucedidas, chegando a ter alguns fãs clubes. Juninho e Aprígio se apresentaram em muitas cidades do interior cearense. Para surpresa de seus admiradores, a dupla encerrou as atividades. Então, Juninho Quixadá passou a trabalhar ao lado do tecladista Zé Raimundo(um dos fundadores do grupo Os Dragões) que fez muito sucesso.
Devido as apresentações em programas radiofônicos, recebeu convite para cantar em diversos municípios do estado. Sempre recebeu o incentivo de sua mãe Marilza e dos irmãos Maria Teresa, Nonato e Evilásio. Juninho não esquece os tempos de escola. O astro quixadaense nunca deixou de sempre lembrar dos seus primeiros professores que foram Jacinta, Edna e Escolástica. Confessa ter chorado quando, voltando de uma apresentação, presenciou operários destruindo a antiga escolinha do Curtume Belém. Sempre foi um aluno aplicado e foi um dos selecionados para estagiar no Banco do Brasil, lá ficando durante 4 anos.
Na atualidade, voltou novamente a cantar, acompanhado do seu eterno companheiro de estrada, Evandro dos teclados. Também é um dos componentes da banda Reprise que toca em ocasiões especiais. Louco por Quixadá, não teve coragem de integrar grandes grupos musicais do Brasil. Preferiu continuar cantando para seus fãs e amigos nas noites sempre bonitas da Terra dos Monólitos. Fique sempre cantando aqui, Juninho! Somos todos seus fãs!
Amadeu Filho
Colaborador da RC
Radialista Profissional
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