Em tese, o gabinete afirmou, que João Hudson não tem capacidade para gerenciar os recursos transferidos para os cofres do Município.
Quem leu a reportagem “Para garantir salários dos servidores, Justiça bloqueia contas da Prefeitura de Quixadá”, publicada no “Monólitos Post”, deve ter ficado confuso com a alegação da Prefeitura Municipal de Quixadá, sobre o bloqueio judicial.
De acordo com aquele portal de noticias, “o gabinete do prefeito João Hudson informou a editores que o bloqueio ocorreu em virtude de pedido feito ao Ministério Público pelo próprio chefe do executivo”.
O site não cita quem deu essa explicação tão bizarra e jamais vista na prática pública administrativa. Seria a mesma coisa, de um empresário pedir uma ordem judicial para pagar os salários de seus funcionários, ou seja, não haveria necessidade, quando esse poderia fazer por livre e espontânea vontade, assim, como o prefeito pode mandar pagar os funcionários a qualquer momento, não necessitando de determinação da Justiça.
O prefeito João Hudson é carente de assessores, capacitados e preparados para explicar as diversas situações. Muitos partem para o ataque, principalmente quem critica a gestão. A pior justificativa foi afirmar que o próprio prefeito pediu o bloqueio das contas da prefeitura, em tese, o gabinete afirmou que João Hudson não tem capacidade para gerenciar os recursos transferidos para os cofres do Município.
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Na verdade, o Sindicato dos Servidores Públicos de Quixadá pediu ao Ministério Público que tomasse uma medida urgente. A promotora de justiça, Caroline Rodrigues Jucá Coutinho foi à autora da ação. A Procuradoria Geral do Município já prepara uma ação para anular a decisão de primeira instância, se o prefeito tivesse pedido o bloqueio não haveria necessidade da PGM entrar com recurso no TJCE.
Qualquer gestor em sua sã consciência, jamais pediria o bloqueio judicial das contas de sua gestão, inclusive, podendo acarretar até condenação por improbidade administrativa, entre outras penalidades.
Agora, resta saber se o prefeito João Hudson confirmará essa “estória” bizarra de sua assessoria. É nítida a situação de desespero dos gestores públicos de Quixadá.